segunda-feira, 31 de outubro de 2011

domingo, 30 de outubro de 2011

"Tudo isto é triste e não é fado"

"Tudo isto é triste e não é fado. Num estado de direito, os deveres e os direitos dos cidadãos são para respeitar e defender. Quando alguém prescinde da defesa dos seus direitos está a prestar um mau serviço ao país. Isto vale para todos, incluindo os membros do governo."

Albertino Gonçalves

(excerto de artigo de opinião, intitulado "O reino de Sancho Pança" e datado de Sábado, 29 Outubro 2011, disponível em ComUM)

sábado, 29 de outubro de 2011

"The ´heart of the system`"

"Something to think about"

(título de mensagem, datada de 29 de Outubro de 2011,disponível em Que Universidade?)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

"A única coisa a lamentar é que a Academia não tenha percebido isso sem a necessidade de uma circular da Reitoria"

Bom senso

(título de artigo de opinião, datado de Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011, disponível em ComUM)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sabia que…

Sabia que os professores que efectuaram ultimamente a respectiva agregação recebem como não agregados desde Janeiro pp.? Sabia que os assistentes que obtenham entretanto o seu doutoramento correm o risco de não ver ajustados os respectivos vencimentos à sua nova situação académica? Sabia que não foi possível renovar os contratos de vários docentes convidados que estiveram ao serviço da UMinho no passado ano académico (pese o estimável serviço que vinham prestando à instituição) e que não é nada certo que se possa “renovar” a colaboração com a maioria dos que ficaram no próximo ano?
Saberá, por certo, que a generalidade dos funcionários têm concursos e progressões congeladas.
Todavia, talvez não saiba também que, como recompensa pelo mau desempenho dos serviços que dirigem, continuam a abrir-se concursos para a promoção de alguns responsáveis de serviços, para mais definindo requisitos de candidatura muito especiais (para usar um qualificativo suave) para os lugares a concurso.
Vivemos um tempo de enorme incerteza e de muitos paradoxos!

J. Cadima Ribeiro

"Nada foi planeado em relação ao Ensino Superior a não ser cortes financeiros"

O País paralisado e adiado

(título de mensagem, datada de Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011, disponível em Prálem d`Azurém)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

"Serviços de Acção Social do ES sofrem corte de 5,2 milhões"

Notícia RUM
Serviços de Acção Social do ES sofrem corte de 5,2 milhões em 2012:
http://www.rum.pt/index.php?option=com_conteudo&task=full_item&item=27532§ion=4
*

Do quotidiano da instituição: os SAc., uma vez mais

«Caro [...],
Acuso a recepção da sua mensagem. A meu ver, o que lhe disseram nos serviços académicos não faz sentido algum e não sou eu que estou em condições de resolver o problema que possa existir nessa sede (que funciona muito mal). A minha intervenção junto dos serviços académicos exprime-se no preenchimento de uma pauta com as notas dos alunos, o que fiz em devido tempo, não me recordando de faltar o nome de qualquer um. Conferirei amanhã se o seu nome consta ou não da pauta, como julgo que acontecia.
Espero ter sido claro. Havendo algo que dependa efectivamente de mim, dar-lhe-ei notícia, mas, como deixei dito, descreio disso.
Cordiais cumprimentos,
J. Cadima Ribeiro»

-----Mensagem original-----

«Boa tarde Professor,
[...]
Venho por este meio pedir-lhe que reenvie, como me foi pedido nos serviços académicos, o "comprovativo" da realização da sua cadeira, no ano acima especificado, visto que aparece como não efectuada na minha ficha de aluno, impedindo-me assim a inscrição numa outra cadeira.
Atenciosamente,
Sem outro assunto de momento,
[...].»

terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Não vemos justiça!"


(título de mensagem, datada de Terça-feira, 25 de Outubro de 2011, disponível em O melhor para a universidade)

Reputação da UMinho

«A Comissão identificou ainda áreas para atuação/reflexão futura:
a) Área do Social, e.g., Turismo Cultural, entre outros.
b) A imagem da Universidade e a qualidade na envolvente de proximidade, como seja:
- a organização da vida nos Campi (foi proposto um estudo de impacto ambiental, de forma racional e sustentável, quer em termos económicos, quer de viabilidade da cobertura verde);
- a questão da praxe, levada a efeito pelos estudantes da UMinho, considerando a necessidade, urgente, de a breve trecho serem criadas medidas para implementação de práticas edificadoras que simultaneamente fossem veículo de transmissão da boa reputação da UMinho.»

(excerto de memorando/acta de reunião da Comissão Especializada de Inovação e Interacção com a Sociedade, de 14 de Outubro de 2011)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Comissão Especializada de Planeamento e Assuntos Financeiros: conclusões da Reunião de 17 de Outubro de 2011

«No dia 17 de outubro de 2011, reuniu a Comissão Especializada de Planeamento e Assuntos Financeiros, com a presença dos membros: Eng. Luís Braga da Cruz, que presidiu, Lúcia Lima Rodrigues, José António Cadima Ribeiro, Jorge Pedrosa e Pedro Catão Pinheiro. Justificou a ausência o Dr. João Salgueiro.
[...]
Findas as informações transmitidas pelo Presidente, a Comissão congratulou-se com as conclusões contidas no memorando da CE-GAI e expressou enorme satisfação pelo facto de ser possível promover ampla reflexão sobre as temáticas em causa, através da constituição daqueles GT, cuja concretização demonstra o espírito de abertura necessário a um debate desta natureza.
Neste contexto, entendeu-se que deveriam ser privilegiadas as reflexões obtidas das UOEI e dos GT como matéria de trabalho a considerar no futuro Planeamento Estratégico da UMinho.
Num primeiro momento, foram debatidas questões de caráter geral, transversais a todas as comissões especializadas, como por exemplo, a importância de criar uma estrutura de fundraising, sem certezas que a mesma seja de organização central, isto é na dependência da reitoria. Entenderam que essa estrutura deveria constituir-se com pessoal qualificado e com regras inteiramente definidas tornando-se uma organização eficaz e eficiente no desempenho daquela atividade.
Foi também abordada, de forma consensual, a necessidade de se repensar a reorganização dos Serviços da UMinho. Sublinharam a importância que os mesmos desempenham na imagem que transportam para o exterior. Nessa perspetiva, consideraram que deverá também ser repensada a questão das lideranças/chefias e que incentivos/estímulos poderão ser atribuídos. Sobre este assunto, entenderam que deverá ser dada especial atenção ao funcionamento dos Serviços Académicos da UMinho, em virtude de serem estes que causam maior impacto fora da instituição.
Debateu-se também a necessidade de intervir no planeamento físico dos campi, que se encontram descaraterizados e desajustados da realidade atual. Nesse contexto, propuseram a elaboração de um estudo de impacto ambiental, com um planeamento físico dos campi, na expectativa de que esse estudo inclua a dimensão de interação com a sociedade, à luz do conceito de universidade (campus) sem barreiras.
Manifestaram a opinião consensual que, face aos cortes anunciados pelo Governo, foi criado/gerado um grande pessimismo e desalento na maior parte das pessoas. Nessa circunstância, foi comentado que deveria incutir-se uma nova cultura e acreditar nas próprias capacidades, alertando as pessoas para as novas questões que se colocam nos dias de hoje, designadamente as questões de sustentabilidade e da relação com o ambiente.
Comentou-se ainda que, num passado recente, houve a intenção de criar na Escola de Economia e Gestão uma Escola de Negócios; porém, o processo nunca chegou a ser posto em prática. Consideraram que, no futuro, poderia ser possível retomar o processo dado que a sua constituição está nos atuais Estatutos da referida Escola.
De seguida, focalizaram a discussão em torno de alguns pontos importantes para reflexão, nomeadamente:
1. Como proceder para aumentar as verbas/receitas próprias?
a) Projetos internacionais e de investigação;
b) Prestação de serviços à Comunidade;
c) Empreendedorismo;
d) Mecenato.
2. Como controlar a despesa?
a) Racionalização da oferta educativa (reforma curricular);
b) Eficiência dos serviços.
3. Que níveis de responsabilização na obtenção de receitas e na redução de custos
a) Descentralização;
b) Prémios de mérito.
4. Como garantir/aumentar maior transparência e accountability na UMinho?
Em relação à questão de aumento de receitas próprias, entenderam que seria importante, desde já, clarificar alguns aspetos, tais como:
• Definição de regras e procedimentos claros a aplicar;
• Qual a política institucional que irá ser seguida em termos de overheads?;
• Se é possível (há cobertura legal) para um professor em exclusividade poder ser prestador de serviços de um projeto de ensino que gera receitas? E de que modo/forma?
• Sobre a eventual atribuição de um prémio de mérito por captação de receitas próprias importantes para a UMinho, seria importante saber como o operacionalizar (exemplo, pagamento de despesas no âmbito de um congresso ou outras despesas relacionadas com investigação).
Apesar de considerarem as temáticas em debate transversais a todas as comissões, foi entendimento que, neste processo, a Comissão trabalharia apenas aquelas do seu âmbito, ou seja, planeamento e assuntos financeiros.
Finalmente, foi manifestada disponibilidade por todos os membros não só para recolher toda a informação que nesta matéria se venha a produzir pelas diferentes UOEI e grupos de trabalho, mas ainda participar e ajudar a encontrar respostas para estas questões.»

[reprodução parcial de memorando/acta da reunião]

domingo, 23 de outubro de 2011

Fórum: quando o tema são os "rankings"

«No meu entender, não há que dar importância a esse tipo de coisas. Quem aparece bem colocado num "ranking", procura tirar partido disso em termos de marketing, pouco se importando sobre como o "ranking" é construído. Há "rankings" para todos os gostos. Nalguns, a UMinho surge bem colocada.
Uma das coisas que é preciso que fique claro é que "rankings" de universidades são uma balela, mesmo quando a sua construção é transparente. A minha experiência diz-me que os poucos "rankings" que podem fazer sentido são os que se referem a áreas científicas, e mesmo estes podem dar os resultados que se quer que dêem, de acordo com os critérios valorativos usados.»

J. Cadima Ribeiro

"Alunos minhotos [...] enfrentam dificuldades económicas"

A crise afeta a carteira dos estudantes!

(título de artigo, datado de hoje, disponível em ComUM)

“Importa que possamos dizer, com orgulho, eu estudei no(a) [Instituto/Faculdade X]"

A dificuldade de eleger um tema

(título de texto de opinião, datado de Domingo, 23 de Outubro de 2011, disponível em ComUM)

sábado, 22 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"CG: Contributos para o Planeamento Estratégico da UMinho"

«À Comunidade Académica:
O Sr. Reitor apresentou ao Conselho Geral (CG) da Universidade do Minho, na reunião plenária do dia 18 de julho de 2011, um conjunto de tópicos sobre o planeamento estratégico da UMinho. Nessa altura, foi considerado que, por razões de ordem prática, o debate se deveria circunscrever a um número de questões mais reduzido do que as apresentadas.
Consequentemente, o Presidente do CG elaborou um documento que foi objecto de uma primeira apreciação na reunião plenária de 26 de Setembro. Nesta reunião foi decidido que o assunto fosse apreciado pelas diferentes comissões especializadas do CG, bem como pelas diferentes UOEI da UMinho. Também foi decidido que este debate deveria se alargado a toda a Academia, devendo ser suscitado um ambiente de reflexão e comprometimento por parte de todos para que o maior número de contributos pudessem enriquecer este processo de planeamento estratégico para a UMinho cuja proposta final, em última análise, é da responsabilidade do Reitor.
Desde então, foram desencadeadas várias ações/iniciativas, nomeadamente:
Envio das referidas questões às UOEI, pedindo que fossem objecto de apreciação interna e que as respostas fossem remetidas ao Conselho até finais do mês de outubro de 2011.
Reunião das Comissões Especializadas do CG, designadamente de Governação e de Assuntos Institucionais; Investigação, Ensino, Qualidade e Avaliação; Inovação e Interacção com a Sociedade; e de Planeamento e Assuntos Financeiros.
Com a preocupação de estimular a recolha de contribuições, foi decidido que o CG deveria desencadear uma consulta, através de grupos de trabalho informais a constituir numa base aleatória, onde participassem professores, investigadores, estudantes e trabalhadores não docentes.
Para este processo de consulta foi definida a seguinte metodologia:
a) Constituir 40 grupos de trabalho (GT), composto cada um por 6 pessoas, nomeadamente: 1 professor catedrático, 1 professor associado, 2 professores do corpo de auxiliares e de investigadores doutorados, 1 estudante e 1 trabalhador não docente;
b) Os representantes de cada um destes corpos e dos respectivos suplentes seria feita no universo geral da população respectiva e de forma perfeitamente aleatória. O sorteio dos elementos integrantes de cada grupo será feito pelos serviços da DRH (para os professores, investigadores, e trabalhadores não docentes) e Académicos (no que respeita aos estudantes) da UMinho;
c) O coordenador/relator de cada grupo será designado entre os elementos de cada grupo e da forma que o grupo entender melhor. Numa fase inicial, e até à designação do coordenador /relator, caberia ao professor de categoria académica mais elevada desencadear os trabalhos de grupo;
d) Cada GT deveria sintetizar o resultado do seu trabalho de reflexão, com propostas ou sugestões que entendesse oportunas, em documento com o limite máximo de 5 páginas A4, devendo sentir-se completamente livre quanto à forma de abordar o mandato que lhe é pedido;
e) Sugere-se que o prazo total para esta missão dos GT não seja superior a um mês.
Para orientar a reflexão sobre o futuro da UMinho, foram escolhidas as seguintes cinco áreas:
· Projeto educativo; Investigação; Interação com a sociedade; Orgânica da Universidade do Minho; Que prioridades para a UMinho.
Procurando balizar o trabalho dos grupos, e a título meramente indicativo, foi ainda definido um guião com cinco questões/tópicos:
· Entende ser oportuna a eventual fusão/reconversão ou extinção de unidades orgânicas de ensino e investigação, subunidades e de serviços?
· O que pode a Universidade do Minho fazer para melhor interagir com a comunidade e quais devem ser os seus parceiros estratégicos?
· Perante as adversidades financeiras com que a UMinho se está a defrontar, quais as soluções que poderiam ser encontradas para a superação deste problema?
· Que estratégia e formas de organização devem orientar o desenvolvimento e a internacionalização da investigação da UMinho?
· Quais entende serem as prioridades estratégicas da Universidade do Minho para os próximos quatro anos?
O Conselho Geral da UMinho, com estas ações, pretende estimular e generalizar o debate e a reflexão, dotando os seus membros de informação para melhor poderem ajudar o Reitor na elaboração do Planeamento Estratégico da Universidade do Minho.
Deste modo, o Conselho Geral apela à participação da Comunidade Académica, em particular daqueles que vierem a integrar os referidos Grupos de Trabalho.
Finalmente, o CG estará aberto a receber contributos que, individual ou colectivamente, lhes façam chegar através do presente endereço electrónico.
Com os melhores cumprimentos.
O Presidente do Conselho Geral,
Luís Braga da Cruz
________________________________
Conselho Geral
Universidade do Minho
Tel.: 253 601104
Fax: 253 601119
e-mail: sec@conselhogeral.uminho.pt»

(reprodução integral de mensagem entretanto distribuída universalmente pela entidade identificada na rede electrónica da UMinho)

Do quotidiano da instituição

"Quanto aos Serviços, e aos SAc, em especial, efetivamente aquilo é uma calamidade"

NDNR

ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2012: INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

PROPOSTA DE LEI DO ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2012: Artigos mais relevantes

(título de mensagem, datada de 2011/10/20, disponível em UM para todos)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"Mal de uma academia que não debate os problemas da mais variada índole que a afectam"

«Caros(as) Colegas:
Mal de uma academia que não debate os problemas da mais variada índole que a afectam.
Infelizmente na Universidade do Minho não temos um espaço próprio para esse efeito. E poderíamos ter.
Poderia ser um jornal (impresso ou apenas digital) informativo e de opinião dirigido com a necessária isenção. Uma publicação com informação e opinião para enriquecer a UM. A actual Reitoria já manifestou abertura para apoiar uma iniciativa desse tipo.
Evitar-se-ia este meio que agora utilizo e que é pobre e contribui desmesuradamente para encher a caixa de correio de todos.
Neste local só deveria ser dada notícia da saída dessa publicação (e link) para facilidade de consulta.
E já agora: porque não há um espaço no site da Universidade donde constem as provas de mestrado, de doutoramento e de agregação, os colóquios e tantas, tantas outras coisas que todos os dias recebemos? Este espaço de "todos" (que deveria ser utilizado com muita parcimónia) apenas deveria remeter por link quotidianamente para esse local. Consultá-lo-ia quem assim entendesse.
Diminuiríamos em muito dessa forma o número de mensagens e ganharíamos todos.
Com as melhores saudações,
António Cândido de Oliveira
Escola de Direito»

Comentário:
Subscrevo, há muito, esta ideia no que há problemática da informação na UMinho se refere. Um bom exemplo (acabado de relançar) é o ComUM "online", dos estudantes de Comunicação Social. É preciso que se entenda, no entanto, que à reitoria interessam peças de propaganda e não jornais com informação e debate sobre a academia e com outros temas que interessam a esta.
J. Cadima Ribeiro

"A última geração de intelectuais ou de aldrabões?"

Colegas,
Manifesto a minha indignação pelo brutal corte dos subsídios de Férias e de Natal, previsto para o próximo ano.
Trata-se de mais uma medida injusta e que somada a outras tomadas recentemente, nos empobrece, em média 25%.
Será isto aceitável? Porque se mantém a academia silenciosa?
Envio, em anexo, um texto que publiquei hoje num diário a propósito deste assunto.
É pouco, mas se todos reagissem às injustiças, certamente não aconteciam com esta desfaçatez, ligeireza e demagogia. Tratam-nos como parvos.
Lamento estar a financiar os bancos e quem sabe ter que vir a vender património porque não posso pagar-lhes as dívidas.
Peço desculpa por invadir a vossa caixa de correio, mas ainda acredito que “ninguém comete erro maior do que aquele que nada fez, porque era pouco o que podia ter feito (não sei se é esta a citação correta)”.
Uma boa noite para todos/as.
Precioso

Anexo:
«Quando oiço alguns comentários que a minha geração faz da geração dos meus filhos, fico com a ideia que fomos ou somos a última geração de intelectuais; o último espécime do Homo sapiens sapiens. Descrevemos as crianças e os adolescentes de agora, como uma cambada de indigentes, um bando de preguiçosos, um conjunto de boémios que não sabem fazer nada: não estudam, são uns ignorantes; não trabalham, andam sempre bêbados, etc.
Mas será que nós éramos e somos melhores do que os adolescentes são agora? Esta crónica tem dois objectivos: desfazer alguns mitos urbanos e fazer-nos refletir se esta geração é muito pior do que a nossa. Vamos aos factos. É usual ouvir-se frases como esta: “No meu tempo o ensino era muito mais exigente. Nós sabíamos muito mais do que estes miúdos agora”. Falso. No meu tempo, começávamos as aulas no dia 10 de Outubro, tínhamos que esperar por Novembro ou Dezembro para termos todos os professores e tínhamos “feriado” quando faltava um professor. “Agora é um facilitismo atroz. Passa tudo.” Mentira. A taxa de retenções no 9º ano ainda há bem pouco tempo era de cerca de 20% ou seja, reprovava um em cada cinco alunos. As médias dos exames nacionais do ensino secundário na área das ciências são negativas. Em disciplinas como a Física e Química, a Matemática e a Biologia e Geologia, reprovariam (se apenas contasse a nota de exame) mais do que 50% dos alunos. Não há portanto o facilitismo que alguns apregoam.
Estes indicadores desmentem essa afirmação. Desafio alguns políticos que passam a vida a falar do facilitismo (incluindo o Ministro da Educação e o Ministro da Defesa) a submeter-se aos atuais exames de Português, de Matemática, de Física e Química, de Biologia, etc, para ver se os resolviam com boas notas. No meu tempo dispensava-se de exame às atuais disciplinas do 12º ano com média de 14 valores. Entrava-se para a faculdade de medicina com média de 14 ou menos. Agora os alunos entram com médias superiores a 18 valores. Foi devido ao facilitismo do passado, que infelizmente temos uma geração de políticos que na sua generalidade e sobretudo os que têm passado pelo poder, não passam de uns vendedores de ilusões, pouco mais qualificados que os propagandistas que vendem na feira (sem desprimor para estes últimos, pois a maioria não estudou). Prometem (sobretudo antes das eleições) o que não cumprem, mal se apanham no poder.
A nossa geração devia ter vergonha quando critica a atual. No governo, temos um conjunto de políticos que prometeram uma coisa antes das eleições e agora estão a fazer o contrário do prometido. “Juraram” que não iam aumentar impostos e passados uns dias estão a fazer o contrário. Agora fizeram um verdadeiro “assalto” aos funcionários públicos, que é um verdadeiro golpe de política baixa. Se o estado não tem dinheiro e está endividado, então tem que chamar todos os portugueses, especialmente os que têm mais dinheiro, a participar na resolução da dívida. Que razão que justifica que sejam os professores, os médicos, os trabalhadores das finanças e outros grupos profissionais que têm neste momento o azar de trabalhar para o estado, a pagar as dívidas contraídas pelos governos? Será que só eles é que utilizam as estradas, os hospitais, as escolas e universidades, os centros de saúde e outros serviços? Porque é que os funcionários do estado que ganham mais do que 1 000 euros ficam sem subsídios? Porque não revertem os subsídios de quem ganha mais de 1000 euros no setor privado para o estado? Porque com esta medida o governo ganha votos. É novamente o “malandro” do funcionário público (pois em Portugal o funcionário público foi diabolizado pela mediocridade dos políticos que nos (se) têm governado), o “burguês” que ganha muito mais do que os outros e trabalha muito menos, que tem todo o tipo de mordomias, que tem que pagar. Que argumentos idiotas fundamentam esta discriminação. Só mesmo de um primeiro ministro que não tem a menor capacidade de argumentar e se deixa manobrar pelo ministro da propaganda. É bem fruto de um sistema de ensino que desenvolvia tudo menos a capacidade de raciocinar e argumentar.
Professores, médicos, enfermeiros e todos os que trabalham para o estado, sentem-se desrespeitados, humilhados, discriminados e sobretudo injustiçados. Com esta medida, em breve teremos professores, médicos e outros funcionários públicos a terem que vender as suas casas, porque não podem pagar as dívidas ao banco. Claro que não é fácil desmontar toda a máquina de propaganda que o governo dispõem para vender a inevitabilidade destas medidas e a sua justeza.
Tenho esperança que a geração atual que raciocina muito melhor do que a nossa, alavanque a mudança. Pois se estamos à espera da minha para alterar esta injustiça bem podemos esperar sentados. Não somos nem nunca fomos a última geração de intelectuais. Muito pelo contrário. Somos acomodados e cobardolas. Termino reafirmando que é tempo de os governantes que chegam ao poder e não honram as promessas que fizerem, serem destituídos. Basta de políticos sem palavra.

José Precioso»

(reprodução integral de mensagem, de distribuição universal na rede da UMinho, que nos caiu entretanto na caixa de correio electrónico)

"Empreendedorismo e criação do próprio emprego"

Notícia Correio do Minho
Estratégias para superar a crise:
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=55200
*

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"Se começar a caça às bruxas serão convocadas manifestações"!

Estudantes trajados expulsos do anfiteatro natural!

(título de mensagem, datada de ontem, disponível em ComUM)

Comentário: "anfiteatro natural"? Natural, porquê?

terça-feira, 18 de outubro de 2011

As barreiras que não matam mas machucam: a saga continua

«Ontem, para não variar, houve mais um problema com as barreiras.
Sucedeu à saída, ao fim da tarde, pelas 18h00. Desta vez na barreira de saída de quem vem dos novos edifícios (IE, EE, etc.). Pelo que fui informada, o problema terá ocorrido com docentes, não tendo estes retirado (de imediato) os carros da via, pelo que o segurança se viu obrigado a abrir a barreira de entrada para que os carros que já se encontravam em fila pudessem sair!!
Enfim, nada a que não estejamos já habituados!!»

NDNR

Estratégia para a UMinho: perguntas que já estão a encontrar resposta

Saberá o(a) colega que algumas das perguntas remetidas pelo presidente do CG para os presidentes das Escolas/Institutos a 3 de Outubro pp. já têm resposta?
Veja-se o caso do IE, onde foi criada uma Licenciatura/Mestrado em Educação Física e foram extintos alguns grupos de investigação dentro de certos centros, sem que entretanto se tenham estabelecido critérios de pertença.

NDNR

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

"O cenário a que nos habituámos nos últimos anos tem sido confrangedor"


(título de mensagem, datada de Segunda-feira, 17 de Outubro de 2011, disponível em Prálem d`Azurém)

Comissão Especializada de Governação e de Assuntos Institucionais: Conclusões da Reunião de 10 de Outubro de 2011

«No dia 10 de outubro de 2011, pelas 10:00 horas, reuniu a Comissão Especializada de Governação e de Assuntos Institucionais. Estiveram presentes os membros Eng. Luís Braga da Cruz, que presidiu, António Cândido de Oliveira, Licínio Lima, Pedro Vasconcelos, Maria Fernanda Ferreira. Justificou a ausência o Estudante Luís Rodrigues.
O Presidente abriu a sessão referindo que a reunião visava dar cumprimento às decisões do CG, sobre o Planeamento Estratégico da Universidade do Minho.
De seguida, procedeu-se a uma reflexão geral sobre a forma de melhor as concretizar, entendendo a Comissão complementar a consulta que o presidente enviou às UOEI através da promoção de um envolvimento efetivo da Academia.
Para tal, entendeu-se ser de operacionalizar a sugestão feita pelo Prof. Alcino Silva, no sentido de auscultar as pessoas agregadas de forma aleatória em pequenos grupos. Apesar de esta técnica não ser usual entre nós, admitiu-se que poderia ter aspectos muito virtuosos, se fosse em simultâneo feito um apelo no mesmo sentido a toda a Comunidade Académica.
Definiu-se ser possível a seguinte metodologia:
1. Constituir 40 grupos de pessoas;
2. Cada grupo teria 6 participantes com a seguinte proporcionalidade: 1 professor catedrático, 1 professor associado, 2 representantes dos professores auxiliares e dos investigadores doutorados, 1 estudante e 1 trabalhador não docente;
3. A escolha dos representantes seria feita no universo geral da população respectiva e de forma aleatória;
4. O coordenador/relator seria designado entre os elementos de cada grupo e da forma que o grupo entender melhor;
5. O sorteio dos elementos integrantes de cada grupo, em função da respectiva categoria, qualidade ou corpo será feita pelos serviços da DRH (para os professores, investigadores, e trabalhadores não docentes) e Académicos (no que respeita aos estudantes) da UMinho;
6. Para desencadear os trabalhos de grupo, numa fase inicial e até à designação do coordenador, a condução cabe ao professor de categoria académica mais elevada;
7. Cada GT deveria sintetizar o resultado do seu trabalho de reflexão, com propostas ou sugestões que entendesse oportunas, em documento com o limite máximo de 5 páginas A4, devendo sentir-se completamente livre quanto à forma de abordar o mandato que lhe é pedido;
8. Como áreas principais para orientar a reflexão sobre o futuro da UMinho, foram escolhidos os seguintes domínios:
• Projeto educativo;
• Investigação;
• Interação com a sociedade;
• Orgânica da Universidade do Minho;
• Que prioridades para a UMinho.
9. A título meramente indicativo e para procurar balizar o trabalho dos grupos, sugerem-se as seguintes cinco perguntas de carácter geral:
• Entende ser oportuna a eventual fusão/reconversão ou extinção de unidades orgânicas de ensino e investigação, subunidades e de serviços?
• O que pode a Universidade do Minho fazer para melhor interagir com a comunidade e quais devem ser os seus parceiros estratégicos?
• Perante as adversidades financeiras com que a UMinho se está a defrontar, quais as soluções que poderiam ser encontradas para a superação deste problema?
• Que estratégia e formas de organização devem orientar o desenvolvimento e a internacionalização da investigação da UMinho?
• Quais entende serem as prioridades estratégicas da Universidade do Minho para os próximos quatro anos?
10. Do teor deste mandato será dado conhecimento às UOEI, bem como a toda a academia, mediante uma nota explicativa que o presidente do CG elaborará, no sentido de pedir o envolvimento de todos.
11. O secretariado do CG e a 1.ª comissão funcionarão como retaguarda para prestar quaisquer esclarecimentos que possam vir a ser colocados.
12. A 1.ª Comissão ficará ainda com o encargo de coligir as contribuições, reorientar a matéria produzida para as outras CE e preparar um texto final para o CG.
13. Sugerem que o prazo total para esta missão dos GT não seja superior a um mês.
Como metodologia de sancionamento desta operação, foi aceite a seguinte:
1. O memorando desta reunião deveria ser estabilizado internamente pelos membros do 1.ª Comissão.
2. O presidente, que participará nas reuniões das Comissões Especializadas, explicará o que na 1.ª foi sugerido e enviará a todos os membros do CG esta sugestão.
3. Não havendo posições de oposição o processo será imediatamente desencadeado. Caso contrário teremos de esperar pela próxima reunião plenária do CG (21 de Novembro) para nela ser discutido o assunto.
4. Será pedido ao Sr. Reitor que emita um despacho, aos trabalhadores não docentes e responsáveis dos serviços, definindo a necessária prioridade desta tarefa em relação a outras, mas exclusivamente para efeito de participação nas reuniões que os grupos realizarem (em princípio, não mais de duas...? três...?).»

(reprodução integral do "memorando" produzido pela dita Comissão do CG, na data referenciada)

domingo, 16 de outubro de 2011

"Esta decisão surge poucos dias depois das denúncias à praxe minhota que apareceram em dois jornais"

Notícia ComUM
Praxes proibidas no interior da Universidade do Minho!:
http://www.comumonline.com/sociedade/item/92-praxes-proibidas-no-interior-da-universidade-do-minho
*

"Não são permitidas, nos ´campi`, ações, habitualmente designadas por ´praxe académica`"

«[...]
a vida nos nossos campi continua a ser perturbada por ações de grupos de estudantes cujas manifestações prejudicam o normal funcionamento das atividades de ensino e de investigação e infringem, por vezes, os princípios fundamentais de liberdade, dignidade, urbanidade e respeito pelos outros, indissociáveis da vivência humana e universitária.

A Universidade não pode consentir ações daquela natureza, sob risco de permitir que seja posto em causa o seu papel de Instituição pública, responsável e plural, comprometida com a educação de todos e com a consecução plena da sua missão de promoção do ensino e da investigação.

A Universidade não reconhece e rejeita e existência de documentos que pretendem regular as referidas ações, cujo conteúdo não seja consentâneo com os valores enunciados nos seus Estatutos.

A Universidade condena veementemente todas as situações de violência física ou psicológica, coação, abusos e humilhações. Tais situações violam e põem em causa os direitos fundamentais de todos e condicionam ainda o bom funcionamento da Universidade.

Assim:

1. Não são permitidas, nos campi, ações, habitualmente designadas por "praxe académica", que configurem ofensas à integridade e dignidade humanas;

2. Não são permitidos atos que limitem ou dificultem a participação dos novos alunos nas atividades pedagógicas com as quais estão comprometidos;

3. Não são permitidas manifestações que, pelo ruído que provocam, perturbem o normal funcionamento das atividades académicas.

[...]»

{reprodução parcial de "Comunicado do Reitor, António Cunha, à Academia relativamente à questão das praxes académicas" (http://www.dicas.sas.uminho.pt/), datado, ao que parece, de segunda-feira, 14-11-2011}

Comentário (de J. Cadima Ribeiro): mais vale tarde do que nunca; para quem ainda há um mês dizia que as praxes não existiam, este é um desenvolvimento surpreendente; mais uma vez, António Cunha chega atrasado, mas essa parece ser uma marca distintiva da sua forma de estar como reitor; como nota curiosa adicional, fica-se sem saber em que sede ou sedes o dito comunicado foi distribuído; o Facebook ameaça tornar-se no único canal relevante de informação sobre as coisas que efectivamente interessam às pessoas, em Portugal e em muitos outros lugares.
Vamos ficar a aguardar, com curiosidade, o que nos vão trazer os próximos capítulos da sua "governação".


sábado, 15 de outubro de 2011

Proposta de novo logotipo para a UMinho


Uma colega mais dada a estas coisas da dimensão simbólica dos logotipos das instituições e seguidora atenta da vida quotidiana da UMinho fez-nos chegar a proposta de novo logotipo para a casa que aparece acima.

Dada a conveniência de ir adequando elementos simbólicos e dinâmica da organização, questionamo-nos se não seria de pôr em debate na Academia a adopção deste "logo".

NDNR

"Qualquer dia, os alunos da Universidade do Minho até vão ser capazes de criar negócios e usar o seu tempo de forma útil"

«Qualquer dia, os alunos da Universidade do Minho até vão ser capazes de criar negócios e usar o seu tempo de forma útil. Não que não os haja, mas têm só uma expressão residual face aqueles que são fãs devotos de Harry Potter.
[...]
Sabes [...], eu vivo no Chiado. Por isso, posso sair até esta hora! Só vi agora a noticia de que na UMinho se iam proibir as praxes! Questiono-me se os alunos passarão agora a ser capazes de se organizar por clubes ou organizações que contribuam para expandir a diversidade de actividades por lá existentes.»

José Pedro Cadima

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

As barreiras que não matam mas machucam




Imagens de hoje, 13 de Outubro: barreira da entrada sul do Campus de Gualtar.

Porventura, entre 9h00m e as 9h30m, mais alguém terá sido vítima do seu mau funcionamento.

A este propósito, recomenda-se que se veja o que se diz em:

Segunda-feira, 3 de Outubro de 2011

"Apenas a Universidade do Minho (UM) avançou com a proposta de passagem a fundação para a tutela"


(título de mensagem, datada de Quarta-feira, 12 de Outubro de 2011, disponível em Universidade Alternativa)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga: novidade do dia

Data: Entrada: 12-10-2011; Distribuição: 12-10-2011
Processo: 1627/11.0BEBRG
Espécie: Acção administrativa comum - forma sumaríssima
Autor: […]
Réu: Universidade do Minho
*

Audição dos candidatos a Presidente da EEG: ecos do debate (2011/10/12)

- “As páginas no Facebook fizeram revoluções na Tunísia e no Egipto. Porque não a hão-de fazer aqui na EEG?” (Manuel Rocha Armada).

- “Nós precisamos de ter uma Escola em que todos possamos estar bem […] Deixemos de ter uma Escola de medo!” (Minoo Farangmehr).


Comentário XPTO

Com origem num endereço, escondido, XPTO, chegou-nos há dois dias um comentário à mensagem sobre a "Praxe na Universidade do Minho - em nome do direi..." oportunamente publicada neste blogue. Dizia o seu autor que "Não há um único praxado que se arrependa de o ter sido na Universidade do Minho assim como poucos são aqueles que não foram praxados que não se arrependem de ter desistido", afirmação mais do que discutível e que, em todo o caso, está longe de dar resposta à complexidade do que está em causa.
Não subscrevendo quase nada do que é dito no comentário, tê-lo-íamos tornado público se o seu autor aparecesse convenientemente identificado. Como, neste caso, não basta pôr por baixo Nuno Coelho, ficamos apenas por esta menção.

NDNR

Críticas, diferenças e funcionamento democrático da organização

"As críticas que me possam ser feitas, para valerem têm que me ser transmitidas pessoalmente. Se o forem, o que não acredito que aconteça, não ficarão sem resposta."

J. Cadima Ribeiro

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A praxe que, segundo o reitor, não existe: "São pressões físicas e, sobretudo, psicológicas”

Notícia Correio do Minho
Pais indignados com praxes académicas:
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=54753
*

À margem do CG: algumas notas soltas (60)

Na mensagem que enderecei à academia a 5 de Outubro pp., intitulada “Prestação de contas, a 5 de Outubro de 2011”, informava, a dado passo, que “[…] foi recentemente desencadeado o debate no Conselho Geral sobre a estratégia que a UMinho deverá prosseguir no futuro, no horizonte do médio e do longo prazos, tendo entretanto sido interpeladas as presidências das Escolas/Institutos no sentido de estenderem às UOEI esse debate que interessa a todos”. Acrescentando que “a audição dos agentes da instituição afigura-se-me imprescindível, sendo que cada um de nós tem que assumir a sua quota parte de responsabilidade no sucesso ou insucesso desse processo”.
Imagino que o que disse tenha deixado a curiosidade sobre “as questões” que, no contexto do abrir da discussão em sede de CG, foram enunciadas pelo reitor (e reformuladas num controverso documento produzido pelos “elementos externos” do CG), que, subsequentemente, foram encaminhadas pelo presidente do CG para os presidentes das Escolas/Institutos. Para satisfazer, parcialmente, essa eventual curiosidade, e também a título de contributo para a discussão alargada que gostaríamos que viesse a existir (independentemente do enviesamento com que são formuladas algumas das questões), aqui deixo algumas dessas (quase todas) perguntas:

«1. Sobre o carácter completo da Universidade e as novas áreas de oferta educativa:
Questões:
• Faz sentido abrir novas áreas de ensino e investigação? Que áreas (Por exemplo: Desporto, Farmácia, Tecnologias de Saúde, Ciências Forenses, …)?
• A actividade nestas áreas deve desenvolver-se ao nível do ensino graduado ou pós-graduado?
• A partir de que unidades orgânicas estes projectos/cursos devem ser lançados?
• O lançamento de novas áreas deverá implicar o encerramento de áreas existentes?
2. Que critérios para encerrar cursos ou departamentos?
Questões:

A UMinho, tal como outras universidades públicas, tem sido pródiga na criação de novos cursos, em especial ao nível da pós-graduação. Porém o encerramento de cursos tem estado fora da tradição universitária portuguesa, apesar da reconhecida fragilidade de alguns projectos de ensino. Importa encontrar um quadro de referência neste domínio e tomar posição sobre questões como as seguintes:
• Como lidar com cursos de baixa procura, mas suportados por grupos de investigação com classificação de “excelente”?
• Qual a posição da UMinho sobre formações básicas de procura reduzida, por exemplo: Filosofia e Física?
• Que relevância deve ser atribuída ao critério da empregabilidade?
3. A geometria das Unidades Orgânicas
Questões:

A actual geometria das UOEI - unidades orgânicas de ensino e investigação – bem como das respectivas subunidades é a mais adequada à prossecução dos objectivos da UMinho, em termos de eficiência e de promoção da pluridisciplinaridade?
4. Alargamento Institucional
Questões:
A inevitável racionalização da rede de estabelecimentos de ensino superior públicos estará na agenda política dos próximos anos e deverá levar a integrações e fusões de instituições universitárias e politécnicas.
• Qual deverá ser a estratégia da UMinho neste domínio?
• […]
• Deverá a UMinho assumir alguma proactividade?
• […]
• Poderá a UMinho desenvolver doutrina quanto à subsistência ou não de dois sistemas de ensino superior em Portugal: Universitário e Politécnico?
5. Sobre o conceito de universidade de investigação e sua relação com o de universidade
completa
Questões:

• Que medidas e orientações devem ser tomadas para garantir que todos os centros da UM tenham o reconhecimento de “muito bom” ou “excelente”?
• O que fazer com os centros que, repetidamente, não atinjam esse estatuto?
• Como compatibilizar o propósito da UM ser uma universidade completa com a dificuldade de ser excelente em todos os ramos?
• A UM deverá desenvolver actividade de investigação de qualidade em todas as áreas em que oferece projectos de ensino?
6. Sobre o ensino de qualidade e diferenciado:
Questões:
• Que requisitos formais para o lançamento de novos cursos?
• Que competências transversais deverão ser oferecidas pela UM?
• Que novas capacidades de análise desenvolver?
• Que estímulos diferenciadores podem ser usados?
7. Sobre a interacção com a sociedade
Questões:
• Que critérios para seleccionar as temáticas de aproximação ao financiamento e em que
medida se devem ajustar à missão da UMinho?
• Empreendorismo na comunidade académica, como deve ser valorizado?
• Como deverá ser montada uma estratégia de fundraising que capte donativos da sociedade?
8. Em relação à Universidade inclusiva e sustentável
Questão:
Que temas eleger com implicações em diferentes domínios onde a UM não pode ficar indiferente, em relação a novas áreas da sua interacção com os estudantes e a sociedade em que estes estão inseridos: acção social, infra-estruturas, questões éticas, temáticas religiosas, boas práticas de desenvolvimento sustentável?
9. Outros temas possíveis:
Poderia ainda fazer sentido alargar a reflexão a mais alguns temas, embora eventualmente menos agudos:
• Universidade internacionalizada
• Universidade participada e descentralizada
• Universidade eficiente e eficaz.»

A seu tempo, daremos mais notícias sobre esta matéria, não deixando de aguardar com expectativa o que a este respeito venha a ser decidido pelo Conselho Geral e suas Comissões e convenientemente e atempadamente divulgado à Academia.

J. Cadima Ribeiro

Crónicas do quotidiano: "não é fácil evitar mal-entendidos"

«De facto, não é fácil evitar mal-entendidos numa instituição como esta, sobretudo quando se tem que geri-la, quotidianamente, nalguma dimensão; e não é fácil porque, inclusive, há quem se alimente de mal-entendidos e de veiculação de "ofensas" que nunca existiram.
Sei bem do que fala, posto que estou nisto, incluindo a gestão da organização, há muitos anos.»

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"Praxes: ‘Doutores’ da Universidade do Minho acusados de abusos"

«Caloiros obrigados a beber e a fumar
Uma dezena de pais de alunos que este ano entraram para a Universidade do Minho estão indignados com a violência das praxes praticadas em vários cursos, nos pólos de Braga e Guimarães, e admitem fazer uma exposição ao Ministério Público e à reitoria da Universidade.
"Os que se auto-intitulam doutores obrigam os caloiros a ingerirem grandes quantidades de bebidas alcoólicas, logo pela manhã, a fumar e, o que é mais grave, a faltar às aulas para marcarem presença nas sessões de praxe", disse ao Correio da Manhã um dos pais, que preferiu não se identificar, com receio de represálias sobre o filho.
Para este pai, que está disposto a levar o caso até às últimas consequências, "o que se passa, em termos de praxe, na Universidade do Minho ultrapassa todos os limites". Adianta que "os chamados doutores agem com total impunidade, como se fossem os donos da academia".
"Não é admissível que os alunos se convençam de que o primeiro ano é para chumbar porque os colegas mais velhos resolvem estender a praxe pelo ano todo, em vez de a confinarem à chamada semana de recepção ao caloiro", disse ao Correio da Manhã Manuel Almeida, outro dos pais indignados.
Contactado pelo CM, o vice-reitor Rui Vieira de Castro disse que "a reitoria da Universidade do Minho repudia com toda a veemência quaisquer exageros nas praxes e promete instaurar processos de averiguações, que podem evoluir para processos disciplinares, em todos os casos concretos que lhe chegarem ao conhecimento".
Referindo que não teve, pelo menos até agora, conhecimento de nenhum caso de exagero nas praxes, Rui Vieira de Castro pede a todos os que possam ser vítimas de tais atitudes que as comuniquem à reitoria.
Na Universidade do Minho, a semana de recepção ao caloiro terminou na sexta-feira, mas as praxes irão continuar até Maio do próximo ano.

REITOR RETIRA DO PROTOCOLO A FIGURA DO 'PAPA'
O reitor da Universidade do Minho, António Cunha, tem lutado contra todos os exageros nas praxes, pretendendo que "essa prática se restrinja à semana do caloiro e decorra de forma civilizada". Uma das primeiras atitudes antipraxe foi retirar do protocolo da recepção ao caloiro a figura do ‘Papa’, que é o aluno com maior número de inscrições na Universidade do Minho. "Não fazia sentido pôr o pior dos alunos a dar as boas--vindas aos novos estudantes", justificou a reitoria.»

(reprodução de notícia Correio da Manhã online, de 10 de Outubro de 2011)
__________________________
[cortesia de Nuno Soares da Silva)

"Cancro: devem os médicos falar de estatísticas de sobrevivência?"

«Antes de se morrer de cancro, morre-se por vezes do susto de o ter ou poder ter. E alguns suicidam-se

Há dez anos, tive cancro da mama. Quando já pensava que ele se tinha esquecido de mim, manifestou-se de novo, em 2007. Fiquei sem o peito.
Em Junho deste ano veio a notícia inesperada: tinha metástases ósseas e uns nódulos pulmonares considerados "suspeitos".
Consultei um oncologista reconhecido e afável. Depois de se inteirar da situação, disse-me, como que para me sossegar: "Mas "isto" ainda dá tempo". Ansiosa, perguntei: "Quanto, Dr.?". "Bom", disse-me ele no seu tom delicado e afável, "aí uns três anos". Perplexa, comentei: "E acha que três anos é muito?". O médico, cuja afabilidade quero de novo ressaltar, deve ter visto então claramente que, como qualquer pessoa "normal", eu queria tempo. Por isso, esticou os três anos para cinco e, perante uma reacção minha semelhante à primeira - "Mas cinco anos acabam amanhã, Dr.!" -, lá concedeu a hipótese de mais uns anitos, cuja qualidade se depreendia que iria ser má. De modo que, de repente, vi-me a seguir os raciocínios do médico e a fazer a única pergunta que, embora estúpida, pois cada caso é um caso, parecia a mais adequada ao contexto: "E o fim de vida? É muito difícil?".
Tempos depois, uma experiência semelhante era repetida com outro oncologista reconhecido. Desta vez, no entanto, as notícias eram ainda mais assustadoras: "Sem tratamento, dentro de um ano está morta!". A seguir, lá vinham os cinco anos, após os quais tudo era muito cinzento.
No IPO, não sei se por política da casa ou por causa de outro paradigma de saúde, a médica recusou-se a falar de estatísticas. Ainda bem. Sinceramente, não sei o que me tem inquietado mais: saber que tenho metástases ou saber que há quem me dê apenas três ou cinco anos de vida. Mesmo sendo eu de carácter "rebelde", esses números bailam na minha mente de forma ameaçadora. Visceralmente, assustam-me mais do que as metástases, temendo que esses números tenham desencadeado em mim uma "programação cerebral" (o que quer que isso seja) que me levará a morrer nos prazos mencionados.
À minha volta, penso ter encontrado exemplos de uma "programação" semelhante: o senhor que morreu de AVC dois dias depois de lhe dizerem que tinha uma recidiva, a senhora de 80 anos a quem ainda queriam fazer uma mastectomia e "tratamentos" e que morreu durante o sono pouco tempo depois desta "notícia", no dia de aniversário do seu casamento, etc., etc. Também soube de um caso ao contrário: deram seis meses a outro senhor, ele recusou-se a fazer tratamentos para um tempo de sobrevivência tão irrisório e viveu mais 12 anos até ter um cancro da próstata de que recuperou bem (tem agora mais de 70). Parece-me, portanto, que, antes de se morrer de cancro, se morre por vezes do susto de o ter ou poder ter. E alguns suicidam-se.
David Servan-Schreiber, a quem davam seis meses de sobrevivência por causa de um cancro cerebral, durou 20 anos. O seu interesse não foi saber onde se situavam os picos da mortalidade estatística, mas o que levava certas pessoas a permanecerem nas "caudas", o que fazia com que durassem muito mais tempo do que as outras ou não voltassem a ser atacadas pelo cancro. As estatísticas, vamos sabê-las à Internet. Ao médico, creio, compete desmistificá-las e insistir sempre na particularidade de cada caso. O que não deve é ajudar o cancro a destruir a pessoa, ao ponto de ela já começar a pensar em encomendar o caixão, antes de mais uma subida do IVA. Infelizmente, em vários casos haverá tempo para as notícias verdadeiramente sombrias e inescapáveis.
Se há "emoções" que curam, porque é que não haverá outras que matam? António Damásio, ou outro Damásio que se lhe siga, acabará por prová-lo imagiologicamente, que é das poucas provas que esta medicina aceita. Até lá, haja prudência.

Laura Ferreira dos Santos
(Docente da Universidade do Minho e membro da Comissão de Ética da ARSN - laura.laura@mail.telepac.pt)

[artigo de opinião publicado no jornal Público, em 10 de Setembro de 2011, p. 32.]

domingo, 9 de outubro de 2011

"Parece que a grande maioria dos seus membros está à espera que isto passe"


(título de mensagem, datada de Domingo, 9 de Outubro de 2011, disponível em O melhor para a universidade)

À margem do CG: algumas notas soltas (59)

A propósito da próxima reunião da Comissão de Governação e de Assuntos Institucionais, e das reuniões de todas as outras Comissões do CG, que se lhe vão seguir

A Comissão de Governação e de Assuntos Institucionais reúne amanhã, 2ª feira, 10 de Outubro, pela manhã, no Largo do Paço. Em agenda estará a problemática do planeamento estratégico (em falta) na UMinho. A reunião surge na sequência do que a esse respeito foi deliberado na última reunião do Conselho Geral (plenário) e prevê-se que seja uma reunião "quente", posta a tomada de posição entretanto divulgada entre os membros do órgão pelo Movimento Universidade Cidadã (MUC), onde, entre outras coisas, se diz o seguinte:
«Depois de, na reunião do passado dia 26 de Setembro, terem tomado uma posição clara de distanciamento e de censura face ao processo seguido pelo presidente do órgão, relativamente ao documento intitulado “Planeamento Estratégico – Uma Ideia de Universidade”, foi com espanto que viram o mesmo presidente desencadear um processo de consulta às unidades orgânicas baseado, no essencial, nas perguntas contidas nesse mesmo documento.».
Já tive oportunidade de dar notícia sobre o encaminhamento para os presidentes de Escola/Instituto do dito documento na mensagem que distribui na rede electrónica da UMinho na passada 3ª feira. É uma tomada de posição, aquela, do Movimento UC, que entendo bem e subscrevo.
Entretanto, mais do que comentar "gafes", descortesias e desnortes do presidente do CG, importa-me (importa-nos) que se discuta a UMinho, isto é a respectiva estratégia e futuro. Com tantos incidentes em torno desta problemática, a questão que me ocorre é se se quer mesmo chegar a um plano estratégico para a UMinho ou algo que se aproxime disso. Os sinais que tenho, na continuidade do que se tem passado desde os primórdios de funcionamento do órgão, dão-me indicação negativa a esse respeito. Os factos dirão se a minha "suspeita" se confirma ou não.

J. Cadima Ribeiro

“Meeting on Plant-Microbe Interactions”: convite

«Caros alunos do Mestrado 3BP,
Nos dias 12 a 14 de Outubro irá decorrer na Universidade do Minho o encontro “Meeting on Plant-Microbe Interactions”, no Anfiteatro B1 (CPII).
Esta iniciativa é organizada pelo Departamento de Biologia da Universidade do Minho (BioFIG) e Universidade do Porto (IBMC), e contará com a presença de cientistas convidados especialistas nas diferentes áreas abordadas (nodulação, micorrização e patogénese de plantas).
Dada a excelente oportunidade que se reveste para a vossa formação, a Comissão Organizadora do evento abre as portas aos alunos (1º e 2º ciclos), os quais poderão assistir a todas as palestras sem necessidade de inscrição.
Em anexo segue o programa das diferentes sessões. Para mais informações podem consultar a página do DB
ou entrar em contacto comigo (tlneto@bio.uminho.pt).
Caso estejam interessados, serão muito bem vindos!
Cumprimentos,
Teresa Lino Neto
-------------------------
Departamento de Biologia - Centro de Biologia Funcional de Plantas
Escola de Ciências
Universidade do Minho
Campus de Gualtar»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)

sábado, 8 de outubro de 2011

"Cortes cirúrgicos"


(título de mensagem, datada de Sexta-feira, 7 de Outubro de 2011, disponível em Prálem d`Azurém)

"A elaboração dos horários dos cursos este ano e os...": um comentário

«Júlio deixou um novo comentário na sua mensagem "A elaboração dos horários dos cursos este ano e os...":

Tomei conhecimento hoje deste blog através do mail que enviou para toda a universidade, e gostei. Gostei porque aqui se fala de coisas que nos afectam a todos, mas que os alunos não "vêem"... ou não querem ver. MAs isso é outra história. Quanto ao facto do reitor dizer que até que não correu muito mal, pode ser pelo facto de as pessoas que o rodeiam, não quererem dar-lhe más notícias, só as boas, para assim poderem continuar "à beira dele". 1 professor não consegue fechar a DUC, ou os alunos têm uma sala atribuida em que não cabem todos, mas não faz mal, porque eles não sentem isso na pele. "É só um caso esporádico", podem dizer eles, mas esquecem-se que basta um só caso desses para questionar toda a gestao dessas pessoas.»
*

Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga

Data: Entrada: 07-10-2011; Distribuição: 07-10-2011
Processo: 1122/10.5BEBRG-A-A
Espécie: Outros processos [DEL.825/05]
Autor: […]
Réu: Universidade do Minho
*

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

“´Venci o cancro!` O perigo das mentiras piedosas"

«O cancro é uma doença que se possa vencer, como uma gripe forte?

De vez em quando, em revistas da moda ou mesmo em jornais sérios, é dito que alguma personagem conhecida “venceu o cancro”, como se nunca mais se tivesse de preocupar com ele.
No entanto, a medicina sabe que só de pouquíssimos cancros se pode de facto dizer que estão curados. Quanto aos outros, está-se entregue à sorte ou ao que quer que seja. Daí a necessidade de exames de vigilância, pois o cancro, de vez em quando, sabe-se lá porquê, apetece-lhe voltar. Uma das coisas que mais me impressionou nas leituras que fiz (e faço) sobre “morte assistida” (de que resultou o livro Ajudas-me a Morrer?, 2009), foi (é) o facto de encontrar recorrentemente este facto: passados 7, 15, 20 ou 30 anos, o cancro voltou. Quando ainda não passara pela recidiva do cancro da mama, estremecia um pouco: será que?... Depois de ter passado pela recidiva, seis anos depois de o ter “vencido”, pergunto-me que mais mutilações estarão à minha espera e se estarei disposta a submeter-me a elas. Há pouco, uma óptima funcionária da minha universidade disse-me que o cancro voltara a atingir a mãe, 26 anos depois.
Mas, é claro, não estamos em tempos de lembrar a nossa mortalidade (e não é por causa da “crise”...) e temos de ficar pelas histórias cor-de-rosa. Mas serão úteis estas mentiras piedosas?
Para quem tem a sorte de nunca ter passado por um cancro, a ideia pode ser sedutora: “aquilo” é uma doença que se pode vencer, como uma gripe forte, e voltar-se à saúde anterior. Mas quem passou pela experiência do cancro e é metida num follow-up médico até ao fim da vida, ou até ele voltar de forma mais aguda e dar-lhe a morte, sente-se espantada e enraivecida, pois, se essa vitória existe, porque é que vê os médicos assustados ou em pânico, quando não faz exames regulares? E apetece então voltar ao poema do Messias de Händel e dizer não O grave, where is thy victory?, mas O cancer, where is thy defeat?
Apetece-me mesmo falar das consequências políticas destas histórias cor-de-rosa, pois ajudam a construir uma sociedade dessolidária em relação a quem teve cancro ou ainda não morreu dele. Pior ainda se a “chaga” não se vê, se a pessoa, vestida, parece não ter qualquer deficiência e se move com aparente facilidade. Quem sabe então das dores que essa pessoa pode atravessar, quem se interessa por saber com que sequelas fi cou, em que limbos físicos (para já não falar de outros) é que vive, apesar de o limbo ter sido abolido teologicamente pela Igreja Católica?
Há tempos, uma operária que também “venceu” o cancro da mama, falou-me em desespero da insensibilidade do patronato, que continua a colocá-la em serviços em que está constantemente a partir a prótese externa que usa (e que é cara!). Entendo que a minha jovem aluna me tenha admoestado, quando comentei numa aula: “Como sabem, a prazo estamos todos mortos!” “Não diga isso, professora!”, disse ela. Chamada à realidade pelos colegas, o seu princípio de prazer ainda a fez defender-se: “Está bem, mas eu vou ficar para semente e desmentir essa frase!” Mas deve a sociedade incentivar um tipo de pensamento semelhante?
Às 22h das sextas-feiras, quando uma colega minha que já teve cancro e recidiva sai dos complexos pedagógicos para lá voltar nas segundas, lembra-se sempre com ironia desta frase de “vitória”: como “venceu” o cancro por duas vezes, deve ser considerada mais forte do que qualquer outro colega. Por isso, deram-lhe o pior horário da semana, aquele que, em princípio, não consegue trocar com ninguém. O Victory, why is your taste so bitter?»

Laura Ferreira dos Santos
[Docente de Filosofia da Educação da Universidade do Minho e membro da Comissão de Ética da ARSN (laura.laura@mail.telepac.pt)]

(reprodução integral de artigo de opinião publicado no jornal Público, em 30 de Janeiro de 2011)

Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto: actualização de dados

Data: Entrada: 06-10-2011; Distribuição: 06-10-2011
Processo: 2907/11.0BEPRT
Espécie: Acção administrativa especial de pretensão conexa com actos administrativos
Autor: Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública
Réu: Universidade do Minho
*

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Reunião da Comissão Especializada de Planeamento e Assuntos Financeiros

«Exmos. Senhores
Membros da Comissão Especializada de Planeamento e Assuntos Financeiros

Conforme contacto telefónico, estabelecido ontem, gostaria de remarcar a reunião da Comissão Especializada PAF, para o próximo dia 17 de outubro, pelas 9:45 horas (e não dia 14 como inicialmente previsto), permitindo assim a presença de maior número de membros.
Cordiais saudações,
Corália Barbosa
_______________________________
Conselho Geral
Universidade do Minho
Tel.: 253 601104
Fax: 253 601119
e-mail: sec@conselhogeral.uminho.pt»

(reprodução de mensagem de correio eletrónico entretanto recebida, proveniente da entidade identificada)

"Os três cursos com maior número de vagas funcionam em regime pós-laboral"

Notícia Correio do Minho
Universidade do Minho tem 152 vagas para 3ª fase:
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=54538
*

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Prestação de contas, a 5 de Oubro de 2011

Caros(as) Colegas Docentes e não-Docentes,

Caros(as) Alunos(as),

Quando tomei posse do lugar que ocupo no Conselho Geral da UMinho comprometi-me a dar-vos conta, regularmente, da minha actividade nessa sede, e, tanto quanto estivesse ao meu alcance, manter-vos informados das decisões que fossem sendo tomadas e do que reputasse relevante para a Academia. Fi-lo, ocasionalmente, por esta via e fi-lo quotidianamente alimentando o blogue do movimento pelo qual fui eleito; a saber: http://um-novosdesafios.blogspot.com

Entendi que este era o momento de o voltar a fazer por este canal de comunicação em razão de 3 circunstâncias em particular; a saber:

i) Primeiro, porque foi recentemente desencadeado o debate no Conselho Geral sobre a estratégia que a UMinho deverá prosseguir no futuro, no horizonte do médio e do longo prazos, tendo entretanto sido interpeladas as presidências das Escolas/Institutos no sentido de estenderem às UOEI esse debate que interessa a todos. Gostaria que não resultasse daí mais um exercício falhado em matéria de debate sobre o posicionamento da Universidade do Minho e de cada uma das suas unidades orgânicas constituintes. Para tanto, a audição dos agentes da instituição afigura-se-me imprescindível, sendo que cada um de nós tem que assumir a sua quota parte de responsabilidade no sucesso ou insucesso desse processo. Notem que, a meu ver, era por aqui que o debate sobre a Universidade devia ter começado.

ii) Segundo, sendo as pessoas a alma das instituições, custa-me ver a forma como têm sido amiúde menosprezadas e até desconsideradas. Isso tem tradução nas avaliações de desempenho que não têm o rigor e a isenção que deveriam manter, induzindo mal-estar nos serviços e gerando desmotivação de quem se empenha. Tem expressão no negligenciar do processo de abertura de concursos para promoção na carreira. Tem tradução em coisas que não nos ocorreriam, como o tratamento dado a reclamações de funcionários e docentes sobre prejuízos materiais e perdas de tempo decorrentes de disfuncionalidades e falta de qualidade de serviços e infraestruturas montadas, de que o caso das barreiras de acesso ao Campus de Gualtar é exemplo bem elucidativo. Melhor do que o que eu pudesse escrever sobre o assunto, a carta-denúncia de uma funcionária entretanto publicitada no nosso blogue (http://um-novosdesafios.blogspot.com) e no sítio “UM para todos”, é bem demonstrativa disso.

iii) A terceira preocupação a que me quero referir aqui, de muitas outras que podia reter, reporta-se à situação caricata que viveram (estão a viver, ainda) professores e alunos neste início de ano lectivo, por força da teimosia de alguém em produzir os horários das aulas por recurso a uma aplicação informática. Deixando de lado os atrasos e até a demissão do presidente de um Conselho Pedagógico por força de todas as disfuncionalidades que o processo provocou, saberão que subsistem nesta altura coisas impensáveis, como salas de aula que são atribuídas a mais do que uma turma, salas com capacidade para 150 alunos que são afectadas a mestrados que não têm mais que 15 alunos, bloqueios de comunicação entre os conselhos pedagógicos e o serviço de informática que está a tratar, mal, do assunto que levam a que se fique mais de uma semana à espera da resolução do problema subsistente com o horário de uma unidade de crédito, etc.. Escrevi recentemente que uma das componentes mais em défice na UMinho é a gestão, isto é, o défice de uma boa gestão da organização”, sendo esta situação bem ilustrativa dessa afirmação” (http://um-novosdesafios.blogspot.com).

Caros colegas, caros alunos: fazer da UMinho uma organização que presta melhores serviços à sociedade, que é mais atenta ao sentir dos seus agentes e dos seus alunos, que valoriza mais as pessoas e os contributos que estas podem dar para a construção de uma Universidade melhor e mais prestigiada é algo que está ao nosso alcance. Importa para tanto que não cedamos ao desencanto do momento e acreditemos que o nosso contributo para tal importa.

J. Cadima Ribeiro

(reprodução de mensagem entretanto distribuída universalmente na rede electrónica da UMinho)

Nota: peço desculpa pelas gralhas com que a versão distribuída na rede da UMinho saiu, que se fica a dever à incapacidade a que cheguei de rever os meus próprios textos.

ComUM ´online`

terça-feira, 4 de outubro de 2011

"Quando se fez a obra os engenheiros estavam de férias?"

Acesso motorizado à UM: obras úteis ou de fachada?

(título de mensagem, datada de Segunda-feira, 3 de Outubro de 2011, disponível em Prálem d`Azurém)

Estratégia para a UMinho: esboço de contributo

No que respeita à estratégia de afirmação da universidade, entendo que há dimensões a que é essencial atender nos tempos que correm, nomeadamente a da definição das áreas de aposta, a preservação ou não da "universalidade" das ciências a serem trabalhadas e, particularmente, a da gestão (no sentido estratégico e no sentido comum). Entendo, por exemplo, que uma das componentes mais em défice na UMinho é a gestão, isto é, o défice de uma boa gestão da organização.

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Só nos resta orar para que as barreiras nos poupem"?

Parques de estacionamento do “campus” de Gualtar – Barreiras destruidoras somam e seguem

(título de mensagem, datada de ontem, disponível em UM para todos)

À margem do CG: algumas notas soltas (58)

Na nota informativa que elaborei no próprio dia em que decorreu a última reunião do CG, 26 de Setembro de 2011, dei notícia de quanto me surpreendeu a vivacidade com que foi tratado um dos temas em agenda, sobretudo em razão da precipitação ou ingenuidade do presidente do órgão, que surgiu muito incomodado quando confrontado com a inconveniência da sua atitude.
Como referi, tudo andou em torno do ponto da agenda designado por “A apreciação da posição assumida pelos membros externos sobre o Planeamento Estratégico”. O que eu não disse na ocasião foi que, no contexto da discussão deste tema e sem que alguma coisa o fizesse antever, o Conselho viu ser enunciada a proposta mais revolucionária de todo a sua curta história, protagonizada por um membro externo do CG (AS), o que não deixa de ser um motivo adicional de surpresa. A surpresa foi tanta que deixou boquiabertos alguns membros do órgão e mudos outros. Nesta última posição ficaram aqueles a quem cumpre secundar ou defender a todo o custo as propostas do reitor, por mais insensatas ou falhas de horizonte que sejam.
Como assinalei, estava em equação a elaboração em sede de Conselho Geral de alguns princípios orientadores de estratégia e, nesse contexto, a forma de organizar/recolher contributos e estabelecer alguma ponte (difícil de construir porque nem as próprias fundações estão esboçadas) entre o órgão e a Academia, assumindo que a matéria da estratégia interessa àquela e terá sempre como executores incontornáveis as Escolas/Institutos e respectivos Departamentos e Centros de Investigação, aparte outros serviços da Instituição, isto é, em definitivo, professores, investigadores, pessoal técnico e pessoal administrativo. Isto porque, não há estratégia que valha se não haver quem com ela se identifique e/ou que esteja disponível para a implementar.
A proposta revolucionária que foi apresentada é simples de enunciar; a saber: materializar-se-ia na constituição de uns quantos (três a quatro dezenas) de pequenos (com não mais de 5 pessoas) grupos informais de discussão, reunindo professores, funcionários e estudantes, que seriam incumbidos de debater e sintetizar em documento curto diversas questões de estratégia que lhe fossem colocadas (no contexto do levantamento de problemáticas feito pelo reitor em sede do CG, em Julho pp., ou pelo próprio CG e suas Comissões). Entendia o subscritor da proposta que esta era uma via de ultrapassar a experiência prévia do Conselho de insucesso na obtenção de contributos da academia via web, a que, na sua leitura, as pessoas se mostraram insensíveis. Para se obter bons resultados, o processo de recolha de opiniões carecia de ser menos anónimo e mais pessoal, concluía.
Os membros de cada grupo de trabalho seriam escolhidos por sorteio (leilão), sendo que a pessoa encarregada de presidir a cada um desses grupos ad hoc deveria, ser ela própria, escolhida da mesma forma.
Inspirava-o nesta proposta a sua vivência pessoal numa universidade em que trabalhou. Os resultados então obtidos revelaram-se muito válidos e, sendo conhecidas boas práticas, não há porque não segui-las.
A proposta revolucionária que foi apresentada é simples de enunciar, disse. No que há respectiva implementação se refere, a coisa é, todavia, bem mais complicada, desde logo porque romperia hábitos e processos muito enraizados e, aos olhos de alguns, não poderia deixar de aparecer como subversiva, isto é, deixar a oportunidade para que a “caixa de pandora” se abrisse. Tinha, por isso, fundamento o silêncio desconfortável que se fez na sala naquele momento.
Eu, confesso, vi-me colocado entre os que ficaram de boca de aberta perante o carácter inesperado e arrojado da proposta. Subscrevendo, sem reservas, a afirmação de que “quanto mais participação neste processo houver, melhor” (AS), e “adorando”, tal qual o respectivo subscritor, “saber a opinião da academia sobre as questões que o reitor colocou” (AS), espontaneamente, pus-me a olhar para a expressão do reitor, tentando descortinar naquele o imenso desconforto que o terá atravessado. Como sinal de prudência, este manteve-se em silêncio, no que, avisadamente, foi seguido pela grande maioria dos membros do Conselho. O embaraço sentido não tinha maneira de ser disfarçado. Creio que subsiste até ao dia de hoje.

J. Cadima Ribeiro

domingo, 2 de outubro de 2011

A elaboração dos horários dos cursos este ano e os DUCs e condes, ainda

«O exemplo dos horários não poderá repetir-se... Se uma das ideias (a outra era a da redução do consumo energético) era controlar os professores, não me parece bem sucedida [...]. [Essa solução] faz-me lembrar a situação da passagem de "folhas de presença" nas aulas, quando sabíamos que muitos alunos assinavam pelos outros. No nosso Instituto, o Presidente do Conselho Pedagógico demitiu-se há umas duas semanas atrás...
Além disso, alguns problemas técnicos, quase "fatais" relacionados com os DUC, também não deveriam acontecer. Estou há mais de 8 dias à espera que me resolvam um problema com um DUC de uma unidade curricular de Mestrado, apenas porque os alunos não avaliaram a unidade curricular, facto que tem acontecido com Mestrados que têm um número reduzido de alunos. Quer isto dizer que eu não consigo encerrar o DUC por este motivo que me ultrapassa... Entretanto, circularam cerca de uma dezena de e-mails para tentar resolver o assunto e o mesmo ainda não está resolvido.
Soube, há dias, que o Reitor reconheceu que o processo dos horários até nem correu mal. Como é possível que ele conclua desta forma?»

NDNR

sábado, 1 de outubro de 2011

A elaboração dos horários dos cursos este ano, ainda

«O exemplo concreto da elaboração dos horários demonstra que corrigir erros de órgãos superiores cria um elevado mal-estar e nada contribui para o envolvimento de quem se sente marginalizado nas tomadas de decisão. No entanto, no fim da linha quem sofre são os alunos e os docentes.»

NDNR

CEC Guimarães 2012

«A objectividade e bom senso dos oradores deve ser realçada, demonstrando que a Universidade do Minho é uma Instituição cada vez mais importante no projecto de desenvolvimento da Guimarães CEC 2012, projecto que irá certamente ter repercussões na designada "indústria da mobilidade" no país»


(comentário disponível no Facebook -
produzido a propósito de notícia de debate realizado na 5ª feira pp. pelo fórum Conferência Permanente de Cidadãos: CEC Guimarães 2012)