sábado, 30 de junho de 2012

Cenas do quotidiano


sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Segunda-feira - dia 2 de julho, 9h30 - Reunião da Comissão Especializada PAF"

«Exmos. Senhores
Membros da Comissão Especializada de Planeamento e Assuntos Financeiros

Gostaria de recordar que na próxima segunda-feira, dia 2 de julho, pelas 9:30 horas, realizar-se-á a reunião da Comissão Especializada para reflexão sobre o Plano Estratégico da UMinho 2020, cujo documento remeto em anexo.
Cumprimentos cordiais,
Corália

Corália Barbosa
________________________________
Conselho Geral
Universidade do Minho»

(reprodução do corpo principal de mensagem que chegou entretanto à caixa de correio electrónico dos membros da comissão do CG referida, proveniente da entidade identificada)

Lembrete: "FW: Conselho Geral : Eleição do Provedor do Estudante dia 16 de julho"

«À Comunidade Académica

Comunica-se por este meio que, na sequência da decisão do Presidente do Conselho Geral, ouvidos os Membros do Órgão, se encontra aberto o período para a formalização de candidaturas a Provedor do Estudante da Universidade do Minho.
A eleição terá lugar no dia 16 de julho de 2012.
Os Estatutos da Universidade do Minho e o Regulamento do Provedor do Estudante encontram-se disponíveis em: http://www.conselhogeral.uminho.pt/Default.aspx?tabid=4&pageid=73&lang=pt-PT
Com os melhores cumprimentos.

O Secretariado do Conselho Geral,

Corália Braga Barbosa»

(reprodução de mensagem distribuída universalmente na rede da UMinho em 2012/06/04, com origem na entidade identificada)

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Colóquio Interdisciplinar 'Dracula and the Gothic in Literature, Pop Culture and the Arts'

Notícia Correio do Minho 
Drácula e o Gótico juntam 40 oradores de 15 países na Universidade do Minho:
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=62447

terça-feira, 26 de junho de 2012

Notícia de coisas que se vão fazendo: trabalho em curso

«"The main purpose of the Project ENTRExplorer "Serious Game for Immersive Entrepreneurs" is to develop an online serious game related to entrepreneurship theme where the users\learners can have access to learning contents that will assist them in acquisition of entrepreneurial skills necessary to manage their own businesses in the future." - http://www.entrexplorer.com/»

segunda-feira, 25 de junho de 2012

"RE: Susidios de férias"

«Bom dia a todos,

Parece que finalmente ACREDITARAM, estão convencidos que ficaram sem subsídio de férias e que o mesmo vai acontecer no Natal. Como sempre, somos como S. Tomé: “ver para crer”. Estivemos impávidos e serenos sendo enganados à espera do “milagre”, perdemos direitos que outros lutaram para conseguir.
Infelizmente, as assimetrias são cada vez mais visíveis, com portugueses de 1ª, 2ª, 3ª, etc., ou será que há portugueses que lutaram pelos seus direitos? Estou a falar de funcionários públicos que, “devido à concorrência de mercado”, continuam a ter o subsídio de férias e Natal. Os que esperaram para ver se se confirmava o que suspeitavam, tiveram o que deixaram subentender que aceitavam.
Estavam à espera que o governo cumprisse o que prometeu na campanha eleitoral. O que diz hoje, amanhã é dito que afinal não entenderam o que tinha sido transmitido, porque se ainda não perceberam, nós somos um pouco lentos no raciocínio: é necessário explicar várias vezes.
Quanto à moralidade, este é um termo que deve ter deixado de existir com o novo acordo ortográfico. Somos roubados diariamente quando vamos a um supermercado, a uma farmácia, centro de saúde, etc.. São encerrados serviços que foram equipados com o dinheiro de todos nós e que vão deixar de existir- O que é feito a esses equipamentos? Os edifícios ficam para quem? Vamos vê-los ficar em ruínas? Serão vendidos como prédios devolutos sem valor comercial? Continuamos a ver e calar. Somos pacientes e piegas, como diz o PM.
Vivemos ao som do futebol e das festas populares. Esperamos para ver o que vai acontecer. Fazemos como a avestruz!!! Hoje joga a seleção de Portugal e mais uma vez vão ser esquecidos os problemas que verdadeiramente nos afetam. Amanhã talvez VEJAM COM OLHOS DE VER a nossa realidade.

Desculpem o desabafo, fico revoltada ao ver manifestações de desagrado fora de tempo. A isto chamo ser cego e surdo. Porque não querem ver nem ouvir, continuamos à espera por dias melhores e a ser ROUBADOS DESCARADAMENTE…

Natália Coelho»

(reprodução de mensagem distribuída universalmente pela sua signatária na rede electrónica da UMinho na 5ª feira pp.)

domingo, 24 de junho de 2012

"Funcionamento, supostamente, [...] pago em conjunto com a Universidade do Minho"

«[...]
E anunciam-se: o Centro Ciência Viva (antiga Fábrica Âncora), um Instituto de Design (antiga Fábrica da Ramada) e um Centro Avançado de Formação Pós-Graduada (antiga Fábrica Freitas & Fernandes), cujo funcionamento, supostamente, será pago em conjunto com a Universidade do Minho, mas onde nada está verdadeiramente claro quanto às responsabilidades financeiras, dadas, desde logo, as enormes dificuldades financeiras da própria Universidade.
[...]»

(excerto de mensagem, datada de hoje, disponível na página do Facebook de Francisco Teixeira e reproduzida na integra em Planeamento Territorial)

sábado, 23 de junho de 2012

"Universidades vetam exames a alunos com propinas em atraso"

«Norma já estava prevista nos regulamentos internos mas só este ano começou a ser praticada. Penalização afecta milhares de estudantes.
Várias faculdades estão a impedir a inscrição nos exames finais e de melhoria de notas aos estudantes que tenham propinas em atraso. Uma medida que se encontra prevista no regulamento interno de várias instituições públicas mas que, até este ano, não tinha ainda sido aplicada. Em risco estão milhares de estudantes do ensino superior com pagamentos em atraso, havendo já largas centenas que foram impedidos de realizar os exames que lhes permitem concluir o ano lectivo.
Os responsáveis das instituições explicam que esta é também uma consequência dos cortes orçamentais do Estado para as instituições de ensino superior, que se vêem assim forçadas a recuperar verbas que atingem os milhões de euros em dívidas dos estudantes.
Das 21 instituições contactadas pelo Diário Económico, a regra está a ser aplicada em pelo menos cinco: nas Faculdades de Engenharia e na de Letras da Universidade do Porto, na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCAC) do Politécnico de Coimbra, na Universidade do Algarve e no Politécnico de Portalegre.
No caso da Faculdade de Arquitectura, a aplicação desta regra atinge cerca de 16% do total de 2.700 alunos desta instituição, diz ao Diário Económico o presidente José Pinto Duarte.»
(reprodução de notícia Económico online, de 22/06/12 - Ana Petronilho)
[cortesia de Nuno Soares da Silva] 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Fundo [...] de apoio aos alunos"?

"No IE, o CPedagógico está a fazer um levantamento da situação dos alunos mais necessitados e vai avançar (não sei como) com um fundo (do IE) de apoio aos alunos, depois de os representantes dos alunos terem dado conta de situações de colegas que não têm dinheiro para comer diariamente (e que supostamente não pagaram parte das propinas)."

NDNR

quinta-feira, 21 de junho de 2012

´Rankings` universitários (ensino superior) para todos os gostos

"Top universities, colleges in Portugal 2012 / melhores universidades/faculdades de portugal 2012": http://www.topstudylinks.com/Top-Universities-in-portugal-c199.aspx

"Subsídios de férias"

«Caros colegas.
Reparei agora ao consultar o meu boletim de vencimento que se confirmou o que já suspeitava iria acontecer: roubaram-me o subsídio de férias.
Verifiquem se também vos aconteceu o mesmo.
Tinham-me tido que por ordem do PM Passos Coelho e do M Vítor Gaspar isso ia acontecer.
Fiquei muito surpreendido porque o PM antes das eleições tinha dito que nunca iria tomar este tipo de medidas, até tentou seduzir os funcionários públicos, insinuando que tinham sido tratados pelo governo anterior de forma discriminatória.
Também sei que a troika não deu qualquer indicação para que essa medida fosse tomada.
Percebo que o país, por má governação, esteja sem dinheiro. Só não percebo é porque é que são os funcionários públicos a ter que pagar a fatura e a trabalhar de borla para tapar os buracos, da Madeira, do SNS, da Educação, da parque escolar, etc. etc. se todo o pais beneficiou e continua a usufruir desses serviços. Toda a gente usa as estradas, os hospitais, os tribunais, etc etc. e nós é que temos que pagar a fatura?
É como se fossemos todos jantar (os portugueses) e fossem os funcionários públicos a pagar a conta.
Neste momento os colegas professores que dão aulas no setor privado estão a rir-se por dois motivos: 1) receberam o subsídio na totalidade. 2) ainda se riem de nós, por sermos os parvos e bombos do costume.
Não me conformo e apelo no mínimo a uma reflexão e uma indignação, nem que seja interior.
Prometam que jamais esquecerão quem nos/vos roubou os subsídios.
Eu jamais esquecerei este empobrecimento…injusto. Ou há moralidade, ou comem todos.
Abraços.
Precioso»

(reprodução de mensagem entretanto distribuída universalmente pelo seu signatário na rede electrónica da UMinho)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

"Associação Académica da Universidade do Minho contra aumento de propinas para ´fins sociais`"

«O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho defendeu hoje que os estudantes não devem "substituir o Estado", manifestando assim desagrado pelo provável aumento de 30 euros nas propinas para "fins sociais".
À margem de uma tertúlia com o objetivo de "sensibilizar" a população para as "dificuldades económicas" que os estudantes atravessam, Helder Castro admitiu ainda que os números de desistências na instituição minhota, por "insuficiência" económica, "é muito superior" ao que tem sido adiantado.
"Assim que termine o ano vamos entender verdadeiramente qual é a dimensão deste problema e vamos encontrar números bastante superiores a esses 700 que se fala", afirmou.
A Universidade do Minho (UMinho) ainda não fixou o valor da propina para o próximo ano letivo mas "em cima da mesa" está uma proposta de aumento em cerca de 30 euros justificada com "fins sociais".
"Não vamos fazer o papel do Estado no que toca a apoiar os estudantes, apesar de querermos encontrar formas de suportar e ajudar os estudantes. Substituir o Estado não será o caminho indicado", defendeu o responsável.
Segundo Helder Castro, "as famílias não têm capacidade para suportar" este aumento pelo que, apontou, "é preciso mais sensibilidade por parte das universidades".
O presidente da academia minhota deu ainda conta que "a situação que os estudantes atravessam é grave" e que "há estudantes que não fazem refeições para poderem tirar fotocópias".
Para este responsável "não há um sistema equilibrado que chegue às necessidades dos estudantes".
A tertúlia desta tarde junta as academias do Minho, Porto, Coimbra, Trás-os-Montes e Alto Douro.»

(reprodução de notícia PORTO CANAL, de 2012/06/19 - http://www.portocanal.pt/ler_noticia/20032/)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Memória de uma reunião do Conselho Geral que decorreu há pouco mais de um ano

«Da última reunião do CG: registo de algumas frases que foram ditas (2)

-“A decisão deveria ter buscado legitimidade na auscultação da Academia […] Não houve da parte dos defensores da proposta receptividade para recolher as preocupações dos críticos” (MP).
- “Ser trabalhadores públicos não nos torna automaticamente defensores do interesse público” (AI).
- “Todos somos aquilo que não fazemos […] De que modo tirámos partido da informação que recebemos e que pedimos? […] É preciso haver uma estratégia para o ensino superior e como nos reconhecemos nela” (ACC).
- “Isto é um processo político na verdadeira acepção da palavra” (EV).
- “O governo precisa de desorçamentar as universidades[…] Os hospitais EP não melhoraram a eficiência na prestação de serviços de saúde”(LLR)
- “Existe uma manifesta confusão entre autonomia e independência face ao Estado” (LL).
- “Tenho pena que não tenhamos feito uma leitura adequada da lei nº 62/2007” (ACO).

(segundo o apontamento retirado na ocasião por JCR)»

terça-feira, 19 de junho de 2012

Education is…


  "Education is a better safeguard of liberty than a standing army."

Edward Everett

(citação extraída de SBANC Newsletter, June 12, Issue 720 - 2012, http://www.sbaer.uca.edu)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

domingo, 17 de junho de 2012

"RE: Projeto de Regulamento das Bibliotecas: Os livros a quem os quer ler e necessita deles"

«Caros colegas,
Apoio inteiramente aquilo que diz o Rui Ralha, assim como a generalidade das intervenções anteriores neste debate. Ao fim e ao cabo, há um consenso que se foi formando desde que vários docentes fizeram um abaixo-assinado sobre esta matéria: todos consideram inadequada a necessidade de renovações a cada 15 ou 30 dias e aconselhável voltar ao sistema anteriormente em vigor. Trata-se de uma questão de respeito pelo trabalho da comunidade académica, mas também de uma questão de simples bom senso. Esperemos agora que quem de direito acolha estas recomendações sensatas.
Melhores cumprimentos,
João Cardoso Rosas»

(reprodução de mensagem distribuída universalmente na rede da UMinho que nos caiu ontem na caixa de correio electrónico; a proveniência é a que se identifica)

sábado, 16 de junho de 2012

Ecos da última reunião do CG (II)

(isto é, da reunião de 2012/05/21)


- “Eu não tomarei a posição com base na premissa do sancionamento do governo das instituições que não incrementarem a propina” (Ls R);
- “O incumprimento da disposição da gratuitidade do ensino é grave e devia ser questionada. É importante não esquecer o princípio, todavia, neste contexto, não me parece que a atualização do valor da propina seja posta em causa” (PV);
- “Parece-me que estamos a induzir um conceito de universidade pública independentemente do orçamento de Estado. A Universidade do Minho não se deve pôr a jeito” (LL);
- “A UMinho não tem qualquer problema na cobrança de propinas” (AC);
- “O montante de verbas em que nós temos capacidade de decisão estratégica não vai além de 2 a 3 milhões de euros” (AC);
- “Até que ponto é que é possível criar em sede dos SASUM um fundo de apoio aos estudantes para os ajudar na crise em curso?” (MP);
- “Em 2006 era o próprio Mariano Gago que recomendava que não se aumentassem as propinas” (ACC).

sexta-feira, 15 de junho de 2012

"Declaro a extinção da Fundação ISCTE"

Extinção da Fundação ISCTE

(título de mensagem, datada de hoje, disponél em UM para todos)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Comunicado do SPN: "Despachos RT-33/2012 e 34/2012"

«Caros(as) colegas,

Junto enviamos posição do Sindicato dos Professores do Norte relativamente às novas alterações ao Regulamento de Avaliação do Desempenho dos Docentes da Universidade do Minho que a reitoria da UM nos enviou para apreciação.

Desta feita, o nosso parecer é frontalmente desfavorável e alertamos todos os colegas para a perversidade, e ilegalidade, das propostas em apreço.

O SPN continua a acompanhar o processo de avaliação de desempenho docente em curso no ensino superior com a maior apreensão.

Saudações académicas e sindicais,

Departamento de Ensino Superior
Sindicato dos Professores do Norte

Serviço de Apoio ao Departamento de Ensino Superior do SPN
E-mail: depsup@spn.pt
Tel.: 22 60 70 554 / 00
Fax: 22 60 70 595 / 6

De:

ASSUNTO: Despachos Reitorais RT-33/2012 e RT-34/2012 
Porto, 05.06.2012
Excelentíssimo Senhor Reitor,

Em relação aos despachos RT-33/2012 e RT-34/2012, cumpre-nos informar o seguinte:

É nosso entendimento que os despachos em causa se mostram desconformes com o quadro legal aplicável.

Com efeito, o que resulta das regras transitórias estabelecidas pelo artigo 13º do DL n.º 205/2009, de 31/8, no que diz respeito aos processos de avaliação do desempenho, corresponde à diferenciação de dois períodos:
  • De 2004 a 2007, a avaliação do desempenho deverá ser efetuada nos termos do disposto no artigo 113º da Lei n.º 12-A/2008, de 27/2, ou seja e por regra, com a atribuição de um ponto por cada ano não avaliado (n.º 7 desta referida norma), sem prejuízo do direito reconhecido ao funcionário de requerer a sua avaliação por ponderação curricular (n.º 9);
  • A avaliação de desempenho de 2008 e 2009 será necessariamente realizada através de ponderação curricular.
Depreende-se assim que o legislador dividiu intencionalmente o regime transitório em dois momentos. O primeiro, corresponde a um período anterior à publicação da legislação em causa e à Lei do Orçamento de Estado para 2008, que procede ao descongelamento das progressões na carreira. O segundo momento transitório é já de maior aproximação às regras dos sistemas de avaliação a aprovar pelas instituições.

Resulta também da alteração operada em 2009 que foi inequívoca a vontade inicial do legislador no sentido de assegurar que, a partir de 2010, a avaliação de desempenho não estivesse já abrangida por qualquer regime transitório, e fosse efetuada, isso sim, de acordo com as regras gerais estatutárias e com o quadro regulamentar aplicável.
Ora, no ensino superior, por um lado, as alterações estatutárias e a criação dos necessários regulamentos não foram feitas no período previsto na lei.
Por outro, será sempre de considerar indiscutível o direito de os avaliados conhecerem aprioristicamente os critérios a aplicar, e de estes corresponderem às expetativas do período em avaliação.

Defendeu e defende o SPN que a única forma de tutelar os direitos dos docentes e respeitar o espírito do legislador seria o prolongamento do segundo momento transitório (avaliação por ponderação curricular), e nunca o retrocesso ao primeiro momento (atribuição de 1 ponto por ano).

Ora, o que se verifica nos despachos em apreciação é a admissão da adoção da regra de um ponto por cada ano, mesmo para depois de 2007.
Esta possibilidade mostra-se injusta e eventualmente ilegal, porque desconforme com o referido quadro normativo.
Acresce que este juízo de censura não é sequer prejudicada pelo facto de se invocar a necessidade de tratamento de situações específicas não previstas, uma vez que estas nunca poderão ser objeto de tratamento que contrarie frontalmente a matriz normativa estabelecida, como é manifestamente o caso.

Considera assim o SPN, relativamente ao despacho RT-33/2012 não deve proceder na redação proposta e que:
  • Quanto ao período 2004-2007, é de esclarecer que mesmo os docentes referidos no n.º 1 deverão ter direito à ponderação curricular, solicitada no prazo de cinco dias úteis após a notificação dos pontos atribuídos administrativamente.
  • Nos anos 2008 a 2011, defende o SPN que também os docentes referidos no nº 1 devem ser avaliados por ponderação curricular no período em que estiveram efetivamente ao serviço ou que, alternativamente (e por opção do docente), releve a avaliação anterior.
  • Se considera que este ponto, se deve também aplicar aos docentes que (com contratos superiores a seis meses) não prestem um mínimo de seis meses de serviço efetivo (por ano).
  • Relativamente aos números 2 e 3 deste despacho, defende o SPN que: existindo avaliação anterior, o docente deve ter a oportunidade de não concordar que a mesma lhe seja aplicada, podendo recorrer à ponderação curricular; não tendo havido avaliação em triénio anterior, deverá ser o docente a optar se pretende ser avaliado por ponderação curricular ou aguardar pela classificação do triénio subsequente.
  • Para os docentes que não tenham uma relação jurídica de emprego, no ano em avaliação, superior a seis meses, o SPN sugere que o desempenho relativo ao período de serviço efetuado seja objeto de avaliação conjunta com o do ano seguinte.
Por último, relativamente ao despacho RT-34/2012, afigura-se-nos estranho que se invoque a “a necessidade de proceder a um ajustamento entre as expetativas dos docentes e a adequada implementação do sistema de avaliação” e, como consequência, se altere o RAD-UM, contra o disposto na lei, e sem qualquer objetiva avaliação das expetativas dos referidos docentes.
Isto é, o SPN considera, por informações que tem dos seus associados, que a referida necessidade é meramente especulativa e traduz-se, mais uma vez, numa alteração das regras, a meio do processo de avaliação, sem o antecipado conhecimento dos docentes e com efeitos retroativos. A atribuição de um ponto por ano equivale ao mero reconhecimento de uma prestação regular do serviço, e dificultará a progressão salarial dos docentes e, eventualmente, prejudicará os seus curricula. Considerando que os sistemas de avaliação de desempenho em curso são extremamente burocráticos e geradores de injustiças várias e que as progressões estão atualmente congeladas, deixando o processo deserto de efeitos positivos, teme o SPN que os docentes sejam "tentados" por esta opção de não serem avaliados, sem poderem ter a noção clara dos efeitos futuros de tal opção, que além do mais se nos afigura como ilegal.

Pelas razões expostas, o SPN continua a defender que a avaliação se realize, para todos os docentes, obrigatoriamente por ponderação curricular de 2008 até ao ano de publicação dos necessários regulamentos – na linha, aliás, do que se apresenta previsto no artigo 20º do próprio RAD-UM – e que a mesma ponderação obedeça a critérios adequados ao período em avaliação, pelo que manifesta a sua oposição às referidas alterações ao RAD-UM e, consequentemente, agirá em conformidade, para a reposição da legalidade.

Com os nossos melhores cumprimentos,

Pela Direcção do SPN,
Manuela Mendonça
(Coordenadora)
  
Serviço de Apoio ao Departamento de Ensino Superior do SPN
E-mail: depsup@spn.pt
Tel.: 22 60 70 554 / 00
Fax: 22 60 70 595 / 6»

(reprodução integral de mensagem distribuída universalmente na rede da UMinho que nos caiu entretanto na caixa de correio electrónico; a origem é a que aparece identificada)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Governo obriga universidades a provar empregabilidade para aumentarem vagas"

«O Governo congelou o número de vagas para cursos do Ensino Superior para o próximo ano lectivo, que não vão aumentar em relação a 2011-2012, a menos que as instituições consigam provar a empregabilidade dos cursos.
O despacho que regulamenta a fixação das vagas para o Ensino Superior foi publicado terça-feira à noite na página da Direcção-geral de Ensino Superior (DGES) e determina que o número de vagas para cada universidade ou politécnico “não pode exceder a soma das vagas fixadas para essa instituição para o ano lectivo de 2011-2012”.
A DGES poderá autorizar mais vagas em “situações particulares”: quando as instituições consigam provar que os alunos de um determinado curso têm menos probabilidades de ir parar ao desemprego.
O Governo recomenda às universidades e politécnicos que “redistribuam” as vagas que têm disponíveis para poderem aumentar o número de alunos nos cursos de “Ciências, Matemática, Informática e Engenharia”.
Por outro lado, impõe às universidades e politécnicos que reduzam em pelo menos 20% o número de vagas nos cursos de professor do ensino básico e educação de infância, onde identifica “excesso de oferta”.
Devem também ser reduzidas as vagas nos mestrados de habilitação profissional para a docência.
Nos cursos de Medicina, a oferta em 2012-2013 deve ser igual à deste ano lectivo.
No despacho, o executivo diz ainda às instituições de ensino superior que não devem ter no próximo ano lectivo mais cursos do que tiveram este ano, salvo um conjunto de exceções, como sejam cursos lecionados à distância. O Governo decidiu também que não serão financiadas novas admissões em cursos que neste ano lectivo tenham tido menos de 20 inscrições ou menos de 40 desde o ano lectivo de 2009-2010.
O despacho impõe também que não podem ser abertos cursos com menos de 20 vagas, a não ser em cursos preparatórios de Artes, ou resultantes de protocolos internacionais, que não sejam financiados pelo Estado ou quando se prove a sua “especial relevância”, entre outras excepções.
Para pedirem à DGES a apreciação do aumento de vagas num determinado curso, as instituições terão que provar primeiro que não têm vagas a libertar em cursos que não ficaram completamente preenchidos. Para o cálculo da empregabilidade, devem usar como referência os números da Direcção-Geral de Estatística e Ciência, que registam o número de desempregados por curso inscritos nos centros de emprego. Deverão provar que “o nível de desemprego nesse curso é inferior ao nível médio de desemprego dos diplomados com um curso superior”.»
(reprodução de notícia Lusa, de 13.06.2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Os livros a quem os quer ler e necessita deles: Contributo para o Projecto de Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Minho (Continuação)

1.      Há propostas (também do próprio Regulamento agora em discussão) que vão no sentido de permitir a “requisição permanente” por “entidades” superiores aos docentes. Discordo profundamente. Foi por causa disso que, nestes quase trinta anos de docência, vi vários livros extraviados. Por outro lado, porque é que hei-de ter de esmolar a uma “entidade superior”, que até pode não gostar de mim, que me requisite livros que eu posso requisitar directamente nas Bibliotecas? Para quê esta mania de colocar sempre instâncias intermédias e intermediárias onde não há necessidade delas? Qual a necessidade de reforçar as hierarquias? Para que ajoelhemos melhor diante delas? Para aprendermos melhor que a Universidade não é um lugar de liberdade? Para que renunciemos mais facilmente “à busca de um país liberto, de uma vida limpa e de um tempo justo”, como discursava ontem alguém nas celebrações do 10 de Junho, citando Sophia de Mello Andresen?
Penso ter sido Jean Delumeau quem, para caracterizar a relação que os Protestantes têm com Deus, a assimilava a uma relação em que o produtor ia directamente ao consumidor, dispensando os intermediários. Sem aqui pretender atacar quem for de sensibilidade católica, é esta mesma relação que pretendo entre as Bibliotecas e os seus utentes: directa, sem outros intermediários que não sejam os indispensáveis, reduzidos ao mínimo, “estorvando” o mínimo.

2.      Alguém invocou a possibilidade de requisitar mais longamente os livros necessários para preparar aulas. Embora com o devido respeito, pergunto: quem controlará o propósito invocado? Não se está mesmo a ver que logo depois surgirá um qualquer sistema de qualidade, ou uma qualquer plataforma electrónica, a averiguar junto dos alunos se determinados livros foram ou não utilizados nas aulas? E não se está a ver que esse poderia ser um artifício para conseguir “furar” o sistema “regulador” que nos querem impor? Para quê perpetuar o sistema da não-transparência ou da mentira para a defesa de interesses que, afinal, até são muito legítimos? Se encontrarmos normas razoáveis de convivência entre as Bibliotecas e os seus utentes, não me interessa saber para que serve o livro, interessa-me apenas que o docente precisa dele. Isto, é claro, para não entrar pela discussão morosa de distinguir entre um livro que “serve” para preparar aulas e um outro que não serve. Em certos ou muitos casos, a discussão seria especiosa.

3.       Aceito que, por causa da minha doença, me tenha passado despercebida a justificação para, ultimamente, ter sido alterado o Regulamento que regeu a maior parte dos anos da minha docência na UM. Não a vi, mas decerto que o problema é meu. De qualquer modo, só imagino uma razão para esta recente obsessão regulamentadora: a de que tenha havido muitos livros extraviados. Nesse caso, gostaria de ter acesso às circunstâncias e aos números, se não foram dados, ou seja, ter acesso ao estudo que obrigou a rever o Regulamento antigo.
Não sei se tive uma sorte muito particular, mas nunca deixei de encontrar um livro que constasse dos catálogos das Bibliotecas (e há aqueles que foram mandados para as catacumbas porque poucos os requisitam. Não é crítica, é só para dizer que os extravios, suponho, não devem ser assim tantos). E as normas que havia para com os faltosos desincentivavam o extravio (estou a falar do “peixe miúdo”, dos outros casos nada sei, só posso especular). No entanto, um dia disseram-me que tinha de devolver um livro que eu tinha consciência de nunca ter requisitado porque até nada tinha nada que ver com as minhas áreas de interesse. A jovem funcionária, que não me conhecia de lado algum, mostrou-me a requisição do livro e perguntou-me, com ironia mal disfarçada, se a assinatura não era minha. Encostada à parede, disse que sim, mas que continuava a negar tê-lo requisitado. Lembrei-me então de pedir para chamarem uma funcionária das “antigas”, que bem sabia como eu sempre tratara bem os livros e, podendo, os devolvia antes do período solicitado quando havia outra pessoa a querer também lê-los. Imediatamente acreditou em mim, tanto mais quanto sabia que, na altura (e agora?), o leitor de barras já não estava em condições e, por vezes (quantas vezes?) se enganava na cópia dos números. Felizmente, o livro que era suposto eu ter extraviado sem o admitir (obviamente, passei inicialmente por negligente e mentirosa aos olhos da funcionária mais jovem, ou, no mínimo, por estar com uma falta de memória a roçar o Alzheimer), permanecia na estante, intocado. Afinal, a haver extravio, não teria sido eu a responsável. Mas, se eu não fosse séria, não teria devolvido o livro que já não estava registado em meu nome, pois penso não ter havido mais investigação por parte da Biblioteca.

4.      Chamo também a atenção para as investigações que, a meu ver, mais serão prejudicadas e incomodadas pelo novo Regulamento, seja o das renovações por 14 ou 30 dias: as das ciências sociais e humanas, que mais precisam de livros. Acredito que muitos dos nossos colegas de outras áreas já só necessitem acima de tudo de artigos estrangeiros e, portanto, de acesso a bases de dados. Neste campo, cumpre-me assinalar que, por vezes, só se possa ter acesso a artigos de certas revistas 6 meses depois de terem sido publicados, o que, obviamente, não é bom para a investigação. Por outro lado, tempos houve em que perdi um dia inteiro, passando por diversos serviços da UM, a colocar o meu portátil em condições de aceder a partir de casa (e da UM) às Revistas estrangeiras, verificando que, poucos meses depois, deixara de ter esse acesso. Quantas vezes mais terei de repetir a experiência de Sísifo?

5.      Por tudo isto, peço que nos deixem na maior paz possível nesta questão dos livros (ao menos, nesta!). Responsabilizem directamente quem, por negligência ou mero azar, extraviou um livro, não o devolveu quando outra pessoa o queria ler, etc, o que já estava previsto desde que entrei para a UM. Mas não nos sobrecarreguem com mais tarefas de sociedade burocratizada, pois não se conseguem vislumbrar os benefícios da regulamentação pretendida e já temos regulamentações que cheguem. A meu ver, o regime anterior a este Regulamento (quer seja o da renovação a 14 ou 30 dias, permitam-me designá-los assim) mostrava-se perfeitamente adequado: numa primeira versão, tínhamos de mostrar/devolver os livros requisitados ao longo do ano lectivo, o que se fazia por Junho ou Julho, podendo requisitá-los imediatamente se não fossem necessários à Universidade ou a outra pessoa. Numa segunda versão, recebíamos, também por esses meses, uma folha com os livros requisitados, devendo devolver a folha devidamente assinada dentro de aproximadamente um mês. Este último é o regime que prefiro (não vou pormenorizá-lo mais, quase todos sabemos qual era o seu conteúdo, aqui incluindo o Sr. Vice-Reitor), por ser o que proporciona maior liberdade a quem lê e investiga. Se há um número desmedido de extravios - quod erat demonstrandum -, então que se passe para a tal fiscalização anual. Mas não nos perturbem o prazer da leitura e investigação quando o tempo já é tão pouco para elas, aplicando-lhes regras que fazem dos livros requisitados uma bomba a contra-relógio que pode explodir-nos nas mãos quando menos o esperamos.

6.       Por último, o meu agradecimento público ao Dr. Eloy Rodrigues pelo extrema gentileza e cuidado que teve para comigo quanto à questão da renovação dos livros, atendendo à minha grave situação de saúde (neste âmbito, um agradecimento também à Drª Matilde Almeida). O meu agradecimento justifica-se tanto mais quanto o Dr. Eloy já sabia nessa altura inicial das minhas fortes discordâncias em relação ao novo Regulamento, mas entendeu-as como fazendo parte da saudável vida democrática das instituições.

Saudações académicas

Laura Ferreira dos Santos
Profª Associada
IE

Os livros a quem os quer ler e necessita deles: Contributo para o Projecto de Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Minho

Estimado Sr. Vice-Reitor Rui Vieira de Castro,
Caras/os Colegas,

Assunto: Contributo para o Projecto de Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Minho

Apesar de estar de baixa médica por motivos oncológicos graves, não me quero demitir desta tarefa de fornecer algumas ideias sobre o modo como os docentes (docentes-investigadores, se quiserem, considerando eu que outros utentes das Bibliotecas defenderão os seus interesses) deverão poder aceder aos livros das diversas Bibliotecas da UM. Para que não me digam um dia, enquanto existir, que não falei atempadamente, e porque sempre gostei muito de livros.

Os livros a quem os quer ler e necessita deles

1.      Custa-me a crer que haja Regulamentos que sejam “meros” Regulamentos, acreditando antes que eles espelham sempre um determinado modo de ver a realidade, sobretudo, neste caso, a relação entre o individual e o colectivo. Num livro já com muitos anos, Michel Serres falava de uma determinada cultura “primitiva” em que o “Regulamento” dos jogos de futebol tinha de implicar sempre o empate, por mais que o jogo se prolongasse, de modo a que não houvesse “victoriosos” e “vencidos” e assim se mantivesse, por esse lado, a paz social. Por isso, também não acredito que com esta discussão em torno do Regulamento das Bibliotecas da UM se esteja a falar de um mero Regulamento, mas de algo muito mais amplo, que irei tentando explicitar.

2.      Ao longo de quase 30 anos de docência na UM, sempre entendi que não devia haver “feudos” nas diversas Bibliotecas, independentemente de quem pediu que determinado livro fosse comprado. É a comunidade inteira da UM quem deve beneficiar da aquisição desses livros, e não apenas quem esteve particularmente interessado numa compra. Se há uma obrigatoriedade de os livros comprados com verbas de Projectos próprios, ou dos diversos Departamentos, irem para a Biblioteca, é precisamente, a meu ver, para que toda a comunidade académica possa beneficiar da diversidade de interesses que nos constitui e enriquece. Aliás, a minha experiência fez-me ver que os livros que me interessavam sobremaneira não eram, de um modo geral, requisitados em número abundante. Mas vi com agrado que havia alguns docentes de outras Escolas que vinham requisitar ao meu Instituto livros que eu pedira para serem adquiridos, assim como eu própria podia desfrutar de livros que eles tinham pedido para as suas Escolas. O que sempre me desagradou foi dar de frente com um livro que, por qualquer razão, se encontrava “indisponível” (era essa a caracterização), ainda por cima ao longo de muitos anos (até o “possuidor” morrer?). Numa época em que tudo se quer privatizar, manifesto-me fortemente contra a hipótese de os livros ficarem “presos” em determinadas mãos, sejam elas quais forem. Não sou só eu quem perco, é toda a comunidade académica que perde com essa possibilidade. E há um ensinamento perverso a acompanhar essa prática: no campo do conhecimento - como noutros, subentende-se - o interesse particular pode, indevidamente, prevalecer sobre o interesse comunitário. Somos uma Universidade: é esse o ensinamento que pretendemos transmitir?

3.      É de pressupor que, quem requisita um livro, o faz porque gosta de ler e investigar. E quem gosta de ler e investigar gosta também de saber que pode dispor do livro por um período de tempo relativamente longo. Os docentes não são investigadores a tempo inteiro, têm milhentas outras tarefas a cumprir – não dão apenas algumas “aulitas”, como, infelizmente, já foi dito por um Reitor português. Por isso mesmo, raramente conseguem ler o que queriam nos prazos que eles próprios se tinham estipulado. O acto de ler e investigar requer motivação, tempo e concentração, que não deve ser perturbado por regulares e inquietantes chamadas de atenção – mesmo aos Domingos, como se a antiga cultura judaica não tivesse sabiamente previsto pelo menos um dia de descanso semanal! – no sentido de os renovar ou devolver no dia seguinte. Para além disso, a leitura e a investigação não se faz muitas vezes de forma linear – “salta-se” de livro para livro, à procura do mais interessante e importante, mas para isso é preciso dispor deles com tempo e não em ritmo de enfarte de miocárdio (renove-os, devolva-os todos de uma vez e de um dia para o outro, pague multas, etc, etc). As Bibliotecas devem promover a leitura ou desincentivá-la?

4.      Segundo uma notícia da capa do Público de hoje, 11 de Junho, “Metade dos professores sofre de stress, ansiedade e exaustão”. Embora o estudo em que a notícia se baseia refira acima de tudo professores do ensino secundário, decerto ninguém ficaria surpreendido se se dissesse que os docentes do ensino “superior” sofrem também desse mal. Neste aspecto, que se peça opinião ao nosso médico de medicina do trabalho e, já agora, se divulgue um estudo por Escola. Logo, para quê aumentar o nosso stress e ansiedade com esta obsessão regulamentadora se já tanto nos faz mal à saúde? 

[Continua]

Laura  Ferreira dos Santos

terça-feira, 12 de junho de 2012

"RE: Projeto de Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Minho - Sessão Pública (Gualtar)"

«Caras e caros colegas, amigos e amigas,

Quero saudar, em primeiro lugar, a Laura Santos por, mesmo bastante doente, continuar com a coragem e o interesse cívico em participar nestas discussões que, parecendo "comezinhas", interferem efectivamente no quotidiano profissional dos investigadores e das investigadoras da UM. Requisitar, renovar e devolver livros deveria ser algo simples e não penalizador para os investigadores e investigadoras responsáveis pela aquisição de uma grande parte dos livros das Bibliotecas da UM e cujo conteúdo é fundamental para o ofício de professor/a universitário/a: leccionar e produzir conhecimento científico.
Subscrevo na íntegra as suas reflexões e espero que o Sr. Vice-Reitor, Prof. Doutor Rui Vieira de Castro, use do seu habitual bom senso nestas (e em outras) matérias para clarificar e simplificar o regulamento das Biblotecas da Universidade do Minho de molde a que o seu usufruto continue a ser efectivamente público, servindo os interesses da comunidade académica.
Cordiais saudações académicas,
Maria José Casa-Nova
Maria José Casa-Nova, PhD
Departamento de Ciências Sociais da Educação/Department of Social Sciences of Education
Instituto de Educação/Institute of Education
Universidade do Minho/University of Minho
Campus de Gualtar
4710-057 - Braga, Portugal
Telf. Office 00 351 253 604629»

(reprodução de mensagem entretanto distribuída universalmente pela sua signatária na rede de correio electrónico da UMinho, secundando a da colega que aparece identificada no texto  e que se encontra reproduzida imediatamente abaixo)

"Projeto de Regulamento das Bibliotecas: Os livros a quem os quer ler e necessita deles"

«Estimado Sr. Vice-Reitor Rui Vieira de Castro,
Caras/os Colegas,
Apesar de estar de baixa médica por motivos oncológicos graves, não me quero demitir desta tarefa de fornecer algumas ideias sobre o modo como os docentes (docentes-investigadores, se quiserem, considerando eu que outros utentes das Bibliotecas defenderão os seus interesses) deverão poder aceder aos livros das diversas Bibliotecas da UM. Para que não me digam um dia, enquanto existir, que não falei atempadamente, e porque sempre gostei muito de livros.
Para quem não estiver interessado em ler toda a minha argumentação a este respeito (ver o anexo: “Os livros a quem os quer ler e necessita deles”), deixo apenas a conclusão que se encontra no ponto 9:
“[...] peço que nos deixem na maior paz possível nesta questão dos livros (ao menos, nesta!). Responsabilizem directamente quem, por negligência ou mero azar, extraviou um livro, não o devolveu quando outra pessoa o queria ler, etc, o que já estava previsto desde que entrei para a UM [há quase 30 anos]. Mas não nos sobrecarreguem com mais tarefas de sociedade burocratizada, pois não se conseguem vislumbrar os benefícios da regulamentação pretendida e já temos regulamentações que cheguem. A meu ver, o regime anterior a este Regulamento (quer seja o da renovação a 14 ou 30 dias, permitam-me designá-los assim) mostrava-se perfeitamente adequado: numa primeira versão, tínhamos de mostrar/devolver os livros requisitados ao longo do ano lectivo, o que se fazia por Junho ou Julho, podendo requisitá-los imediatamente se não fossem necessários à Universidade ou a outra pessoa. Numa segunda versão, recebíamos, também por esses meses, uma folha com os livros requisitados, devendo devolver a folha devidamente assinada dentro de aproximadamente um mês. Este último é o regime que prefiro (não vou pormenorizá-lo mais, quase todos sabemos qual era o seu conteúdo, aqui incluindo o Sr. Vice-Reitor), por ser o que proporciona maior liberdade a quem lê e investiga. Se há um número desmedido de extravios - quod erat demonstrandum -, então que se passe para a tal fiscalização anual. Mas não nos perturbem o prazer da leitura e investigação quando o tempo já é tão pouco para elas, aplicando-lhes regras que fazem dos livros requisitados uma bomba a contra-relógio que pode explodir-nos nas mãos quando menos o esperamos”.

Saudações académicas 

Laura Ferreira dos Santos

Profª Associada

IE»


(reprodução do corpo principal de mensagem ontem distribuída universalmente na rede da UMinho pela colega identificada)

"Empresas e universidades"


(TÍTULO DE MENSAGEM, DATADA DE 10 DE JUNHO DE 2012, DISPONÍVEL EM EMPREENDER)

"Quando se está a dar a volta para entrar na UM não é raro deparar com um carro que está à nossa frente"

"Há ainda rotundas ovais que invadiram com a sua ponta a zona de entrada das vias que desembocam nessas mesmas rotundas, como é o caso da rotunda junto ao campus da UM em Gualtar. Quando se está a dar a volta para entrar na UM não é raro deparar com um carro que está à nossa frente à espera de entrar para a rotunda! Isto é que foi uma obra digna da instituição que serve, uma universidade."

(excerto de mensagem intitulada "A circulação na cidade", datada de Sexta-feira, 8 de Junho de 2012, disponível em O Campus e a Cidade)  

segunda-feira, 11 de junho de 2012

"Chegou o tempo de dar um rumo novo à nossa história"

"Nóvoa, hoje [ontem]: um discurso que me pareceu brilhante":
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=n92VSfRnnoU# &lt


(cortesia de Laura Santos)

domingo, 10 de junho de 2012

Ecos da última reunião do CG

(isto é, da reunião de 2012/05/21)

- "O Instituto de Design em Guimarães já está a funcionar. Será inaugurado no decurso do ano" (AC).
- "Não há um lugar onde possamos acompanhar o planeamento do Campus" (ACO).
- "A fixação dos numerus clausus para o próximo ano lectivo ainda não foi feita pelo ministério" (AC).
- "Os pressupostos que existiam há um ano e que existem hoje são significativamnente diferentes" (AC).
- "Fazemos no dia 31 de Maio 1 ano em que o assunto (regime fundacional) foi votado pelo Conselho Geral [...] Não compreendo porque é que não se tiram conclusões mais corajosas. Mais incertezas do que as nós temos neste momento é dificil" (LL).
- "António Nóvoa não gosta do termo fundacional e, portanto, vai bater-se para uma evolução da UL+UTL para um processo de ´autonomia reforçada`, sem fundação" (AC). 
- "O governo entende que a investigação não se deve fazer nas universidades, mas antes em laboratórios fora das universidades [....] Estamos a evoluir de um modo contrário aquilo que deviamos fazer" (AC).
- "Falta alguma orientação sobre a forma como se faz um relatório de actividades" [LLR).

sábado, 9 de junho de 2012

"RE: Projeto de Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Minho - Sessão Pública (Gualtar)" - cont.

«Caro [...],
Você enganou-se. O controlo não é mensal é bi-semanal.
Com esta (des)Regulamentação a biblioteca deve tornar-se em breve um mero depósito de livros. No meu caso nunca mais devo pedir um livro emprestado à nossa biblioteca.
Pedi um empréstimo de um livro que comprei para apoio ás aulas, fui renovando o empréstimo de 14 em 14 dias porque ninguém o requisitava, uma vez que os alunos encontraram versão pdf na net.
Um dia fui a uma conferência e não me lembrei desta questão do livro. Saí de Portugal numa sexta-feira e no domingo recebi um email a dizer que o prazo se esgotava na segunda feira. Acontece que devido á viagem só vi o email na quarta-feira. Como regressava na quinta e não podia renovar o empréstimo porque já tinha passado o prazo fui logo na sexta-feira á biblioteca onde já tinha uma multa de 10 Euros para pagar.
Entreguei todos os livros que tinha (2 ou 3) mas disse que não pagava a multa. A funcionária não gostou, não pediu qualquer justificação limitando-se a dizer "estavam mal habituados". Não retribui a amabilidade mas não gostei do procedimento e tomei logo ali a decisão que livros da biblioteca nunca mais. Bem, e vou comprando os livros de que vou precisando sendo alguns os mesmos que outrora mandei comprar para a bilblioteca.
Há poucos dias recebi uma carta a informar-me que, como não paguei a multa, vão fazer queixa ao Magnífico Reitor.
Não sei onde se inspiraram para colocar este sistema em prática mas que deviam procurar outras fontes de inspiração não tenho qualquer dúvida.
Melhores Cumprimentos
Carlos Lima»

(reprodução parcial de mensagem de distribuição universal na rede da UMinho que nos caiu ontem na caixa de correio electrónico, proveniente do colega identificado)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

"Há dois séculos mais de 60% da população ativa de Guimarães trabalhava na agricultura"

Notícia Correio do Minho
UMinho: fábricas têxteis desqualificaram as pessoas:
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=62019

Notícias do SNESup e não só

«Sindicato do Ensino Superior faz "luto" em frente ao Ministério

O Sindicato Nacional do Ensino Superior faz, esta quarta-feira, "luto académico" com uma manifestação frente ao Ministério da Educação que juntará professores de todo o país contra os bloqueios nas carreiras e no financiamento do setor.
Os professores contestam o que chamam de "deficiências" no regime transitório do estatuto da carreira do ensino superior politécnico que fazem com que docentes doutorados ou em processo de doutoramento sejam impedidos de progredir nas carreiras e nos salários.
Além disso, condenam as quebras de financiamento no setor que consideram ditadas pelo Ministério das Finanças sem que haja intervenção do Ministério da Educação.
O Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup) insurge-se ainda contra o "desvio de verbas" do programa de formação específico do ensino politécnico que fez com que acabassem isenção de propinas e redução de tempo letivo para professores que estavam a fazer doutoramento.
Os professores que participem no protesto, frente às instalações do Ministério da Educação e Ciência, pretendem também entregar à tutela os seus trabalhos de dissertação, tese ou lições de agregação, ou seja, as provas que deviam garantir-lhes a progressão na carreira.
O Snesup organiza transportes rumo a Lisboa a partir de Castelo Branco, Covilhã, Coimbra, Guarda, Porto e Faro. Os manifestantes deverão convergir nas Laranjeiras a partir das 14.00 horas.»
(reprodução de notícia Jornal de Notícias online,  de 6 de junho de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 6 de junho de 2012

"Reunião da Comissão Especializada PAF: dia 2 de julho - 09H30"

«Exmos. Senhores
Membros da Comissão Especializada de Planeamento e Assuntos Financeiros do Conselho Geral

Assunto: Plano Estratégico da UMinho 2020

Por indicação da Profª. Lúcia Rodrigues, informo que ficou agendada para dia 2 de julho, pelas 09:30 horas, a reunião da Comissão Especializada para reflexão do documento acima mencionado.
Gostaria ainda de informar que está confirmada a presença do Senhor Reitor na reunião.
Muito obrigada,
Corália
N.B.: agradeço confirmação de presença

Corália Barbosa
________________________________
Conselho Geral»

(reprodução de mensagem de correio electrónico recebida no início da passada semana, proveniente da entidade identificada)  

terça-feira, 5 de junho de 2012

"Re: Projeto de Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Minho - Sessão Pública (Gualtar)"

«Caro colega e Vice-Reitor Rui Vieira de Castro

Não vou poder estar na sessão de hoje, mas gostaria de referir alguns factos que creio serem fulcrais neste assunto:
- as bibliotecas existem para servir os docentes e os discentes;
- os livros foram TODOS comprados pelos docentes, não pela biblioteca nem pelos seus funcionários;
- foram os vários docentes quem decidiu que livros eram importantes e os comprou;
- desde o início da universidade os docentes aceitaram haver um "bem maior" (o da universidade) e assim aceitaram que TODOS os livros por si escolhidos e comprados fossem integrados na biblioteca central, mas tiveram a possibilidade de requisitar as obras importantes por tempo indeterminado.

De acordo com os factos acima referidos não compreendo as recentes alterações, nomeadamente:
- Eu (e os restantes docentes que escolheram e compraram as obras que necessitam) não poder ter em meu poder os livros que comprei, por tempo indeterminado. Posso fazer isso com o meu computador (também comprado com verbas da universidade), porque não com os livros;
- Alguns livros (que eu escolhi e comprei, por julgar importantes para docentes e discentes, além de investigadores) que estavam na biblioteca foram RETIRADOS para depósito, ficando indisponíveis para consulta. A seleção destes livros a indisponibilizar foi feita, não por quem os escolheu e comprou, mas pelo pessoal da biblioteca, obviamente sem conhecimentos técnicos sobre a qualidade e atualidade das obras;
- Segundo me informaram, esses livros foram retirados por "não terem  apresentado qualquer taxa de utilização". Ora, como conhecem a taxa de utilização dos leitores da biblioteca (no local), no caso dos livros não terem sido requisitados. Repare-se que alguns livros retirados tinham "marca amarela" pelo que, por definição, não podiam ser requisitados...

Assim solicito que no Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Minho volte a constar a possibilidade de os docentes poderem requisitar obras por tempo indeterminado (obviamente obrigando-se a devolvê-las aquando do pedido de um outro utente) e que as obras não possam ser retiradas para depósito sem consentimento de quem as comprou.

com os melhores cumprimentos
Jorge Martins»

(reprodução de mensagem distribuída universalmente na rede da UMinho que nos caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente do colega identificado)

"Concerto celebra 20 anos de Azeituna"

Notícia Correio do Minho

Concerto celebra 20 anos de Azeituna:

segunda-feira, 4 de junho de 2012

domingo, 3 de junho de 2012

"O Ensino não é a única saída"

Notícia ComUM
Jornadas de EPL apelam à mudança das 'letras’! 
http://www.comumonline.com/sociedade/item/1105-jornadas-de-epl-apelam-a-mudanca-das-letras