segunda-feira, 12 de setembro de 2016

"Manuel Heitor afasta alterações de fundo nas regras de acesso ao superior"

«O Ministro da Ciência e Ensino Superior diz que só vai fazer alterações às regras no acesso ao ensino superior caso exista “um consenso alargado na sociedade”.

Manuel Heitor lembra que o seu compromisso foi apenas de “lançar a discussão” pública sobre o regime de acesso às universidades e politécnicos. “Não temos nenhum compromisso em alterar o regime”, frisou o ministro.
No entanto, o governante não descarta a possibilidade de fazer “ajustes específicos” sem “tocar no regime de acesso que está estabilizado e consensualizado”.
Recorde-se que o ministro constituiu um grupo de trabalho para analisar as regras no acesso às universidades e politécnicos que até ao final deste mês vai entregar um relatório que será discutido publicamente.
O consurso nacional de acesso está em vigor há 40 anos mas, nos últimos anos os politécnicos têm vindo a apresentar propostas de alteração às regras em vigor.
Em 2015  o Conselho Coordenador dos Politécnicos (CCISP), defendeu que cada instituição deveria ter a liberdade de decidir o peso do exame nacional na nota de candidatura dos alunos, que tem hoje uma ponderação de 50% cada. De acordo com a proposta a nota final de candidatura dos alunos deveria ser a média entre as notas do secundário e a nota do exame, caindo a regra que impede que os alunos se candidatem caso tenham negativa no exame nacional. Um critério que seria "facultativo" para os politécnicos que poderiam decidir continuar a aplicar o actual regime, em que o peso do exame é total.
Na altura a proposta não reuniu o consenso e os politénicos do Porto, Lisboa e Coimbra acabaram por abandonar o CCISP, o órgão máximo que representa estas instituições.
Já os reitores, na altura, avisaram que "é importante continuarmos a manter os níveis de exigência e o Conselho de Reitores será sempre muito renitente em evoluir para situações que vão no sentido da diminuição desse nível de exigência".»

(reprodução de notícia Jornal  i online, de 11 de Setembro de 2016)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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